Please use this identifier to cite or link to this item: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/17953
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.creator.IDSANTOS, T. F. R.pt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/5181682081254290pt_BR
dc.contributor.advisor1OLIVEIRA, Roberto Véras de.-
dc.contributor.advisor1IDVÉRAS DE OLIVEIRA, R.pt_BR
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/3105734658276566pt_BR
dc.contributor.advisor-co1LADOSKY, Mario Henrique Guedes.-
dc.contributor.advisor-co1IDLADOSKY, M. H. G.pt_BR
dc.contributor.advisor-co1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7412174016769913pt_BR
dc.contributor.referee1LIMA, Elizabeth Cristina de Andrade.-
dc.contributor.referee2SILVA, Ari Rocha da.-
dc.contributor.referee3CORTELETTI, Roseli de Fátima.-
dc.contributor.referee4LIMA, Jacob Carlos.-
dc.description.resumoDevido ao caráter de informalidade de seu trabalho e à falta de reconhecimento social da atividade que desenvolvem, bem como às difíceis condições de trabalho e vida com as quais se deparam, por muito tempo as catadoras e os catadores de materiais recicláveis foram considerados parte do lumpemproletariado, conforme identificado por Karl Marx (2007, 2013), a “ralé” apontada por Souza (2009), ou sobrantes dos demais setores produtivos tal como define Burgos (2013). Como integrantes desses grupos, seriam incapazes de se organizar coletivamente, a começar pela dificuldade de encontrar a quem dirigir suas demandas, tendo em vista que a indústria da reciclagem não os legitima como força de trabalho pertencente ao setor, e que o poder público raramente reconhece o valor das atividades a eles relacionadas, como a limpeza urbana e a educação ambiental. Contrariando as expectativas, desde a década de 1980, catadoras e catadores brasileiros vêm se organizando coletiva, socioprodutiva e politicamente, alcançando conquistas sociais e legais. Este cenário suscitou as seguintes questões: Como um grupo que em geral é visto como parte de uma camada da população incapaz de organização política passou a agir coletivamente? Quais as implicações da organização coletiva para estes trabalhadores(as)? Tais questionamentos conduziram à elaboração do objetivo geral dessa pesquisa: identificar quais são os processos práticos-discursivos que de alguma maneira influenciaram ou contribuíram com a organização socioeconômica e política dos catadores e catadoras de materiais recicláveis do estado Paraíba e como esses trabalhadores percebem esses processos. Almejamos, em uma mão, utilizar referências teóricas para melhor entender a realidade sócio-econômico-política dos catadores(as) como segmento social relevante e, na outra mão, discutir as implicações dos achados empíricos sobre o debate teórico, visando com isso enriquecer os debates da sociologia do trabalho e das teorias sobre ação coletiva e movimentos sociais. Desse modo, a pesquisa se estruturou sobre uma dimensão empírica e outra teórica. Pode-se classificar a metodologia adotada como estudo de caso, exploratório e qualitativo. Os instrumentos de pesquisa incluem técnicas e fontes variadas, como observação participante, incursões etnográficas, diário de campo, entrevistas temáticas, história de vida e consulta a dados secundários, como levantamentos quantitativos, mapeamentos, jornais e documentários. Realizamos nossa pesquisa entre os anos de 2016 e 2020, período no qual entrevistamos trinta e um catadores(as) – quatorze homens e dezessete mulheres – das cinco regiões do país, enfatizando principalmente no estado da Paraíba, onde entrevistamos dezenove catadores(as). Ademais, entrevistamos oito gestores(as) públicos, dez representantes de entidades de apoio, três empresários e dois gerentes do setor de reciclagem. A título de conclusões, a história coletiva dos catadores(as) revela uma trajetória marcada por contradições, conflitos, descontinuidades, fluxos e refluxos, mas também pelo aprendizado em meio ao processo. Os catadores(as) são uma prova viva de que trabalhadores(as) informais que vivem às franjas do capitalismo, sem nem mesmo ter sua relação de trabalho reconhecida pelo capital, podem sim se organizar e agir coletivamente, desenvolvendo, através da consolidação de um movimento social, uma identidade coletiva ancorada na noção de classe, podendo lograr realizar conquistas que modificam, em certa medida, a vida de muitas pessoas envolvidas com essa organização, mas também a vida de outros profissionais que atuam na atividade, tencionando ainda a forma como se estrutura um determinado campo produtivo.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentCentro de Humanidades - CHpt_BR
dc.publisher.programPÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAISpt_BR
dc.publisher.initialsUFCGpt_BR
dc.subject.cnpqSociologiapt_BR
dc.titleA organização dos “inorganizáveis”: a experiência coletiva dos catadores e catadoras de materiais recicláveis na Paraíba.pt_BR
dc.date.issued2020-10-08-
dc.identifier.urihttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/17953-
dc.date.accessioned2021-04-06T21:02:16Z-
dc.date.available2021-04-06-
dc.date.available2021-04-06T21:02:16Z-
dc.typeTesept_BR
dc.subjectCatadores(as)pt_BR
dc.subjectMateriais recicláveispt_BR
dc.subjectWaste pickerspt_BR
dc.subjectRecyclable materialspt_BR
dc.subjectMNCRpt_BR
dc.subjectAção coletivapt_BR
dc.subjectCollective actionpt_BR
dc.subjectClassept_BR
dc.subjectClasspt_BR
dc.subjectPepenadorespt_BR
dc.subjectMateriales reciclablespt_BR
dc.subjectPepenadores de materiales reciclablespt_BR
dc.subjectCatadores(as) de materiais recicláveispt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.creatorSANTOS, Thelma Flaviana Rodrigues dos.-
dc.publisherUniversidade Federal de Campina Grandept_BR
dc.languageporpt_BR
dc.title.alternativeThe organization of the “unorganizable”: the collective experience of waste pickers in Paraíba.pt_BR
dc.identifier.citationSANTOS, T. F. R. dos. A organização dos “inorganizáveis”: a experiência coletiva dos catadores e catadoras de materiais recicláveis na Paraíba. 2020. 309 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais), Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, Centro de Ciências e Tecnologia, Universidade Federal de Campina Grande - Paraíba - Brasil, 2020. http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/17953pt_BR
dc.description.resumenPor el carácter informal de su trabajo y la falta de reconocimiento social de la actividad que desarrollan, así como por las difíciles condiciones de trabajo y de vida en que se encuentran, los pepenadores y las pepenadoras de materiales reciclables han sido considerados parte del lumpemproletariado, como identificado por Karl Marx (2007, 2013), la “ralé” señalada por Souza (2009), o sobrante de los otros sectores productivos, como define Burgos (2013). Como integrantes de estos grupos, serían incapaces de organizarse colectivamente, primeramente, por la dificultad de encontrar a quién presentar sus demandas, dado que la industria del reciclaje no los legitima como fuerza laboral perteneciente al sector, y que el gobierno pocas veces reconoce el valor de las actividades a ellos relacionadas, como la limpieza urbana y la educación ambiental. Contrariamente a lo esperado, desde la década de 1980 los pepenadores brasileños se han organizado colectiva, socioproductiva y políticamente, logrando beneficios sociales y legales. Este escenario planteó las siguientes preguntas: ¿Cómo llegó a actuar colectivamente un grupo que generalmente se ve como parte de un sector de la población incapaz de organización política? ¿Cuáles son las implicaciones de la organización colectiva para estos trabajadores? Tales preguntas llevaron a la elaboración del objetivo general de esta investigación: identificar cuáles son los procesos práctico-discursivos que de alguna manera influyeron o contribuyeron con la organización socioeconómica y política de los pepenadores del estado de Paraíba y cómo estos trabajadores perciben estos procesos. Nuestro objetivo es, por un lado, utilizar referencias teóricas para mejor comprender la realidad socio-económico-política de los pepenadores y, por otro lado, discutir las implicaciones de los descubrimientos empíricos en el debate teórico, con miras a enriquecer los debates sobre sociología del trabajo y las teorías sobre la acción colectiva y los movimientos sociales. Así, la investigación se estructuró en una dimensión empírica y otra teórica. La metodología adoptada se puede clasificar como estudio de caso, exploratorio y cualitativo. Los instrumentos de investigación incluyen técnicas y fuentes variadas, como observación participante, incursiones etnográficas, diarios de campo, entrevistas temáticas, historia de vida y consulta de datos secundarios, como encuestas cuantitativas, mapeos, periódicos y documentales. Realizamos nuestra investigación entre los años 2016 y 2020, durante los cuales entrevistamos a treinta y un pepenadores - catorce hombres y diecisiete mujeres - de las cinco regiones del país, con énfasis principalmente en el estado de Paraíba, donde entrevistamos a diecinueve pepenadores. Además, entrevistamos a ocho gerentes públicos, diez representantes de entidades de apoyo, tres emprendedores y dos gerentes del sector de reciclaje. Como conclusiones, percibimos que la historia colectiva de los pepenadores revela una trayectoria marcada por contradicciones, conflictos, discontinuidades, flujos y reflujos, pero también por el aprendizaje en el proceso. Los recicladores son la prueba viviente de que los trabajadores informales que viven al margen del capitalismo, sin que el capital reconozca su relación laboral, pueden organizarse y actuar colectivamente, desarrollando, através de la consolidación de un movimiento social, una identidad colectiva anclada en la noción de clase, pudiendo alcanzar logros que modifiquen, en cierta medida, la vida de muchas personas involucradas con esta organización, pero también la vida de otros profesionales que laboran en la actividad, tensionando también la forma en que se estructura un determinado campo productivo.pt_BR
Appears in Collections:Doutorado em Ciências Sociais.

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
THELMA FLAVIANA RODRIGUES DOS SANTOS – TESE PPGCS CH 2020.pdfThelma Flaviana Rodrigues dos Santos - Tese PPGCS CH 20202.93 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.