Estudo da casuística de babesiose equina no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande / CSTR / UFCG, Patos - PB.

Abstract

Estudo da casuística de babesiose equina no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande/ CSTR/UFCG, Patos – PB. Este trabalho monográfico versa sobre babesiose equina, com o objetivo de avaliar a ocorrência de babesiose em equinos atendidos Setor de Clínica Médica de grandes animais do Hospital Veterinário do Centro de Saúde e Tecnologia Rural da Universidade Federal de Campina Grande, Patos – PB, no transcurso de 2006 a 2015. Portanto, foi realizado um estudo retrospectivo, utilizando-se para a execução, os métodos de abordagem descritiva qualitativa e quantitativa, através do inventário das anotações médicas registradas em fichas e prontuários em arquivo e mediante o acompanhamento clínico dos atendimentos de equinos acometidos. Efetuando-se à avaliação hematológica e a detecção específica confirmada através da pesquisa em esfregaço sanguíneo, corados pelo método panótico, com detecção predominantemente sugestiva de parasitismo por Theileria equi. Sendo os resultados tabulados e calculados os valores médios e desvio - padrão, com o estabelecimento da correlação entre as variáveis avaliadas. Verificando-se durante o período, 2.375 atendimentos de equídeos, dentre os quais, 14 equinos (0,58%) diagnosticados com babesiose. Dentre esses, 11 animais (78,57%) do sexo masculino e três (21,43%) do sexo feminino, sendo a raça Quarto de Milha predominante dentre os acometidos, com nove episódios (64,28%) e cinco (35,72%) acometimentos em equinos mestiços dessa raça. Constatando-se sinais clínicos comuns aos referenciados, especialmente, relativos à anemia, como achados anormais de coloração das mucosas e diminuição do desempenho físico. Definida como anemia hemolítica do tipo microcítica hipocrômica, através da verificação de índices hematimétricos médios e desvio padrão de valores abaixo do normal (VGM: 37,2 fl  5,3 e CHCM: 27,8%  4,0), quando comparados aos parâmetros médios de referência de normalidade (VGM: 45.7fl 1.94 e CHCM: 34.0% 0.60). Contudo, o valor médio leucocitário total (10,21,1/ x 103

) superior à média de normalidade (9,2 0,49/ x 103

) e, portanto, leucocitose com discreta leucometria diferencial neutrofílica com desvio a direita. Constatação de eosinopenia, indicativo de descompensação orgânica, linfocitopenia e monocitopenia indicando respectivamente, diminuição de defesa humoral e celular fagocitária; por conseguinte, circunstância temerosa, de prognóstico reservado. Considera-se bastante efetivos os recursos diagnósticos e terapêuticos utilizados nas ocorrências de babesiose equina no Hospital Veterinário/CSTR/UFCG, mediante a constatação de recuperação dos acometidos, no entanto, sem informes posteriores quanto à possibilidade de recidivas. Diante dos resultados, pode-se concluir que a babesiose equina é uma doença endêmica na região semiárida paraibana e que pode gerar prejuízos econômicos a equideocultura regional.