Please use this identifier to cite or link to this item: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34291
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.description.resumoSer professor ou professora no início do século xx correspondia a uma série de regras e condutas. Os docentes eram tidos como detentores do saber e da moral e seu ofício era de encaminhar intelectualmente e, principalmente, moralmente alunos e alunas. Assim, deveriam ser exemplos de “boa conduta” e portadores de uma moral ilibada, pois exerceriam o papel de espelho de identificação para os discentes. A sociedade paraibana do início do século era marcadamente regida por homens. Ao masculino estava reservada a esfera pública e todas as suas dimensões sociais e culturais. Ao feminino sobrava a submissão e o recato de “mulheres decentes”, ou seja, a esfera privada. Portanto, estava estabelecida a relação de poder entre o masculino e o feminino. Porém, surge na Paraíba da década de 1920 um corpo feminino que não se adequava aos preceitos dessa sociedade, inclusive quebrava com as regras do que era ser professor ou professora adequado ao discurso moralizante em vigência, Anayde Beiriz. Tendo um corpo em movimento e vivendo das transgressões cotidianas, esta se configurou como um corpo “anormal”, no qual era necessário discipliná-lo ou expulsá-lo do professorado. Para o pensamento da época, como uma mulher poderia dá exemplos de boa conduta e moralidade amando e circulando livremente pela cidade, escrevendo poemas, defendendo a causa feminina, praticando sexo e chocando a sociedade? A professora deveria encarnar o lugar da tia, seguindo a docilidade feminina muito próxima aos atributos maternais e longe da libidinagem sexual. Anayde não era mãe e nem encarnava essa docilidade, era só, segundo Buriti, cor e exotismo que exalava brilho de quenga e glamour de cocote numa sociedade pacata. Desta forma, a partir destas constatações, tenho como objetivo analisar o discurso educacional sobre o corpo docente e como Anayde Beiriz vai se configurar como um corpo “anormal” no mundo docente.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUFCGpt_BR
dc.subject.cnpqHistória.pt_BR
dc.citation.issue2pt_BR
dc.titleAnayde Beiriz: um corpo “anormal” no mundo docente.pt_BR
dc.date.issued2010-
dc.identifier.urihttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34291-
dc.date.accessioned2024-02-02T17:58:05Z-
dc.date.available2024-02-02-
dc.date.available2024-02-02T17:58:05Z-
dc.typeArtigo de Eventopt_BR
dc.subjectAnayde Beirizpt_BR
dc.subjectCorpo femininopt_BR
dc.subjectProfessor Anayde Beirizpt_BR
dc.subjectCorpo anormal - mundo docentept_BR
dc.subjectFeminine bodypt_BR
dc.subjectAbnormal body - teaching worldpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.creatorRODRIGUES, Rosemary Ramos.-
dc.publisherUniversidade Federal de Campina Grandept_BR
dc.languageporpt_BR
dc.title.alternativeAnayde Beiriz: an “abnormal” body in the teaching world.pt_BR
dc.identifier.citationRODRIGUES, Rosemary Ramos. Anayde Beiriz: um corpo “anormal” no mundo docente. In: II Colóquio Internacional de História: fontes históricas, ensino e história da educação. GT 16: Fissuras na história e reconfigurações nas culturas pedagógicas: fontes históricas, identidades docentes e educação histórica. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 2º, 2010. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2010. p. 2332-2341. ISSN: 2179 2010. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34291pt_BR
Appears in Collections:Grupo de Trabalho 16: Fissuras na Hist. e Reconfig. nas Cult. Pedagógicas: Fontes Hist., Identidades Docentes e Educ. Histórica.

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
ANAYDE BEIRIZ_ UM CORPO 'ANORMAL' NO MUNDO DOCENTE - EVENTO II COLOQUIO INT. DE HISTÓRIA GT 16 2010..pdfAnayde Beiriz - um corpo “anormal” no mundo docente - Evento II Colóquio Int.de História GT 16 2010.120.19 kBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.