Please use this identifier to cite or link to this item: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35307
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.description.resumoAinda no século XIII, foram iniciadas as atividades do Tribunal do Santo Ofício. Foi uma instituição criada com o objetivo fiscalizar e reprimir as práticas religiosas que desviassem dos doutrinamentos católicos. Ao sinal de qualquer desvio de conduta e práticas contrárias aos dogmas católicos, as pessoas eram acusadas e julgadas por terem cometido um crime contra a fé. A investigação inquisitorial perpetuou em toda Europa e também no além-mar. Uma pessoa podia ser acusada de heresia, bruxaria ou simplesmente por manter costumes das suas religiões não-católicas. Na Península Ibérica, seu auge se deu na rigidez à perseguição, o que era devido ao quadro crescente de aversão às presenças das culturas dos judeus e dos muçulmanos, que ingressaram nos espaços iberos em um momento anterior.O Santo Ofício atuava em todo o mundo atlântico e passou a perseguir os povos oriundos de África de origem muçulmana, que eram levados forçadamente para serem escravizados tanto no Brasil quanto em Portugal. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo analisar a atuação do Santo Ofício através dos processos inquisitoriais de Joana Fernandes e Isabel Afonso, ambas mulheres mouras oriundas do Marrocos, que foram levadas para Setúbal/Portugal, onde eram cativas e passaram a ser acusadas de islamismo entre os anos de 1556 e 1557, respectivamente. Seus processos se assemelham muito entre acusação e sentença, e foram selecionados para análise por estarem no mesmo recorte local e temporal. Além do mais, a partir das trajetórias dessas mulheres, é possível problematizar acerca das práticas oriundas da África muçulmana e como Joana e Isabel se agenciavam diante uma sociedade excludente e punitiva, para dar continuidades e ressignificados as suas crenças. É possível ainda, a partir dos documentos, discutir sobre uma possível relação entre o discurso inquisitorial e a figura feminina, consubstanciados ainda na naturalidade e estado social, o que influenciava diretamente na elaboração das penas por parte dos inquisidores. Por fim, verificamos que Inquisição foi uma ferramenta de controle dos poderes régios, que mesmo com a repreensão sofrida por estas mulheres, elas recriaram seus espaços dentro da sociedade colonial para continuarem, mesmo que secretamente, a praticar sua religião.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUFCGpt_BR
dc.subject.cnpqHistória.pt_BR
dc.citation.issue3pt_BR
dc.titleOs processos inquisitoriais das mouriscas marroquinas Joana Fernandes e Isabel Afonso (1556-1557).pt_BR
dc.date.issued2019-
dc.identifier.urihttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35307-
dc.date.accessioned2024-04-02T17:56:58Z-
dc.date.available2024-04-02-
dc.date.available2024-04-02T17:56:58Z-
dc.typeArtigo de Eventopt_BR
dc.subjectProcessos inquisitoriaispt_BR
dc.subjectInquisiçãopt_BR
dc.subjectTribunal da inquisiçãopt_BR
dc.subjectTribunal do Santo Ofíciopt_BR
dc.subjectJoana Fernandes - processo inquisitorialpt_BR
dc.subjectIsabel Afonso - processo inquisitorialpt_BR
dc.subjectMulheres e inquisiçãopt_BR
dc.subjectMouriscas e inquisiçãopt_BR
dc.subjectMouros e inquisiçãopt_BR
dc.subjectMulheres marroquinas - inquisiçãopt_BR
dc.subjectSanto Ofício - inquisiçãopt_BR
dc.subjectInquisitorial processespt_BR
dc.subjectInquisitionpt_BR
dc.subjectCourt of the Inquisitionpt_BR
dc.subjectCourt of the Holy Officept_BR
dc.subjectJoana Fernandes - inquisitorial processpt_BR
dc.subjectIsabel Afonso - inquisitorial processpt_BR
dc.subjectWomen and inquisitionpt_BR
dc.subjectMoors and inquisitionpt_BR
dc.subjectMoors and inquisitionpt_BR
dc.subjectMoroccan women - inquisitionpt_BR
dc.subjectHoly Office - inquisitionpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.creatorARRUDA, Bárbara Ribeiro.-
dc.creatorARAÚJO, Lana Camila Gomes de.-
dc.creatorMARCOS, João.-
dc.publisherUniversidade Federal de Campina Grandept_BR
dc.languageporpt_BR
dc.title.alternativeThe inquisitorial processes of the Moroccan Moors Joana Fernandes and Isabel Afonso (1556-1557).pt_BR
dc.identifier.citationARRUDA, Bárbara Ribeiro; ARAÚJO, Lana Camila Gomes de; MARCOS, João. Os processos inquisitoriais das mouriscas marroquinas Joana Fernandes e Isabel Afonso (1556-1557). In: III Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica - Cultura, Poder, Sociedade e Identidade. GT 17 - Desvelar os Monstros, dar Voz aos Intolerados … Inquisição e Religiosidades no Mundo Ibérico e Colonial. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 3º, 2019. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2019. p. 961-967. ISSN: 2176 4514. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35307pt_BR
Appears in Collections:Grupo de Trabalho 17: Desvelar os Monstros, Dar Voz aos Intolerados... Inquisição e Religiosidades no Mundo Ibérico e Colonial.

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
OS PROCESSOS INQUISITORIAIS - III SEMINÁRIO NACIONAL FONTES HISTÓRICAS GT 17 2019.pdfOs processos inquisitoriais das mouriscas marroquinas Joana Fernandes e Isabel Afonso (1556-1557). - III Seminário Nacional Fontes Históricas GT 17 2019282.82 kBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.