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Title: Escrevendo histórias / criando retratos: a imagem do trabalhador em José Lins do Rego.
Other Titles: Writing stories / creating portraits: the image of the worker in José Lins do Rego.
???metadata.dc.creator???: FERNANDES, Maria Goretti Guedes.
???metadata.dc.contributor.advisor1???: PEREIRA, Auricélia Lopes.
Keywords: História e Literatura;Literatura paraibana;José Lins do Rego - crítica e interpretação;Imagem do trabalhador - José Lins do Rego;Engenhos e usinas - José Lins do Rego;Relação História e Literatura;Coroneis e engenhos;Senhores de engenhos;Fogo Morto - José Lins do Rego;Ciclo da Cana-de-açúcar - José Lins do Rego;Trabalhadores de engenho de cana-de-açúcar;Usina - José Lins do Rego;Menino de Engenho - José Lins do Rego;Doidinho - José Lins do Rego;Banguê - José Lins do Rego;O Moleque Ricardo - José Lins do Rego;Plantation Boy - José Lins do Rego;History and Literature;Paraíba literature;José Lins do Rego - criticism and interpretation;Image of the worker - José Lins do Rego;Engines and plants - José Lins do Rego;History and Literature Relationship;Colonels and devices;Gentlemen of mills;Sugarcane Cycle - José Lins do Rego;Sugarcane mill workers
Issue Date: 2000
Publisher: Universidade Federal de Campina Grande
Citation: FERNANDES, Maria Goretti Guedes. Escrevendo histórias / criando retratos: a imagem do trabalhador em José Lins do Rego. 2000. 81f. (Trabalho de Conclusão de Curso - Monografia), Curso de Bacharelado em História, Centro de Humanidades, Universidade Federal de Campina Grande – Campina Grande - Paraíba - Brasil, 2000. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35332
???metadata.dc.description.resumo???: Na segunda metade do século XIX e nas primeiras décadas do século XX. predominava no Brasil uma sociedade rural, com grupos de latifundiários disputando o controle de suas regiões. Para se tomarem poderosos, os coronéis procuravam manter muitas pessoas sob o seu domínio e para isso. não mediam esforços, existindo sempre pessoas que viviam de favores desses donos de engenho e de usinas. Naquele período, era muito grande a concentração de terras e a produção era voltada para a exportação, gerando, assim, muita fome, miséria, desemprego e marginalidade, restando para as pessoas pobres servir a um grande fazendeiro rico. Quanto maior o número de clientes, mais poderoso se tomava o latifundiário. Na Paraíba foram muito fortes as marcas dessa dominação, com muitos traços daquela época nos dias de hoje. Nesta monografia será trabalhado esse mundo dos engenhos e usinas. Trilhando esse caminho, seremos levados ao encontro com a literatura. Esse mundo será trabalhado a partir das obras do ciclo da cana-de-açúcar de José Lins do Rego. Tal escolha foi feita por se entender que a obra de Rego é um arquivo rico de imagens, construído para esse período. Essa escolha baseou-se, também, na compreensão de que é possível a relação história e literatura. Não é uma relação simples, entretanto, o discurso literário tem suas regras e suas condições de enunciação que não podem se confundir com a História, mas a relação entre História e Literatura será capaz de responder o nosso problema: como trabalhar a relação dominadores versus dominados no discurso literário. Outro ponto que nos deixa seguro para trabalhar a relação História e Literatura, é o entendimento de que a História não trabalha mais com o critério cientificista que no início do século procurava excluir do seu trabalho o discurso literário; hoje, trabalha com várias versões históricas, inclusive a versão literária. Não cabe ao historiador escrever mais uma única história, nem resgatar o passado tal qual existiu a partir de "documentos oficiais"; é possível ao historiador reescrevê-lo a partir do seu olhar, de suas escolhas. E por isso existe lugar para um pluralismo critico, admitindo-se diversos pontos de vista. A História não trabalha com com o seu ponto de vista, não querendo, portanto, dizer que uma versão seja melhor do que a outra, pois são apenas versões. Será possível a relação História e ficção? Como essa relação é vista pela nova História? Primeiramente, para se estudar a relação História e Literatura, deve ser considerada a sua historicidade e as suas particularidades. Não deve ser percebida como uma relação dada e nem simples, sendo necessário se perceber as suas singularidades. Para nós historiadores, os fatos não são dados nos documentos. Estes são selecionados em função de uma problemática. E isto que nos faz acreditar na possibilidade da relação História e Literatura. Há a possibilidade de uso dos romances, canalizando a pergunta em função de uma problemática. Na verdade esta relação história/literatura tem uma longa história No período moderno, o lugar da História e da Literatura se confundem e se misturam. No século XIX . com o surgimento da História - Ciência tem-se um afastamento destes dois campos de saber: os historiadores passam a rejeitar qualquer discurso movido pela imaginação, pela sensibilidade e pela emoção; a noção de documento é delimitada e restringida; crivado o documento passa a ser apenas o chamado documento oficial, "verdadeiro". Passa a se construir também o pressuposto de que o documento fala por si só, cabendo ao historiador apenas resgatar , sem nele interferir, os fatos históricos nele escritos, ficando comprometida a relação História e Literatura E por isso nos anos 40 e 50 do século XX, não havia quase estudos tratando dessa relação. Com os questionamentos a noção, outrora inabalável da história-ciência, com os questionamentos contundentes a noção de objetividade que legitimava e balizava o lugar da história-ciência a relação História e Literatura entra novamente em destaque. Muda o conceito do que seria documento. Mais do que o documento passa a ser importante a pergunta que o historiador faz a fonte que utiliza, a maneira como o interpreta E hoje é possível pensar a relação História e Literatura como um casamento e com todo casamento um casamento que tem problemas, mas que respeitando-se os limites as especificidades pode dar certo. Esta monografia tem como objetivo perceber, através da obra de José Lins do Rego e a partir das imagens literárias, presentes em suas obras do ciclo da cana-de-açúcar, como as relações de trabalho no mundo dos coronéis já não podem ser lidas a partir do olhar ingénuo que vê no pobre uma tábua-rasa e no rico um senhor todo poderoso Esse trabalho consta de três capítulos: o primeiro procura mostrar o mundo dos coronéis e suas estratégias para construir o seu espaço. O segundo capítulo procura mostrar como os trabalhadores agiam no mundo dos engenhos para escapar do autoritarismo dos senhores de engenhos. O terceiro capítulo retrata o mundo da usina, como o capitalismo e a modernidade penetram nesse mundo e como os trabalhadores se comportaram diante de todas aquelas mudanças.
Keywords: História e Literatura
Literatura paraibana
José Lins do Rego - crítica e interpretação
Imagem do trabalhador - José Lins do Rego
Engenhos e usinas - José Lins do Rego
Relação História e Literatura
Coroneis e engenhos
Senhores de engenhos
Fogo Morto - José Lins do Rego
Ciclo da Cana-de-açúcar - José Lins do Rego
Trabalhadores de engenho de cana-de-açúcar
Usina - José Lins do Rego
Menino de Engenho - José Lins do Rego
Doidinho - José Lins do Rego
Banguê - José Lins do Rego
O Moleque Ricardo - José Lins do Rego
Plantation Boy - José Lins do Rego
History and Literature
Paraíba literature
José Lins do Rego - criticism and interpretation
Image of the worker - José Lins do Rego
Engines and plants - José Lins do Rego
History and Literature Relationship
Colonels and devices
Gentlemen of mills
Sugarcane Cycle - José Lins do Rego
Sugarcane mill workers
???metadata.dc.subject.cnpq???: História.
Literatura
URI: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35332
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