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dc.description.resumoA_ partir de 1974 iniciou-se, no Brasil, uma Campanha objetivando incrementar a eletrificação nas áreas suburbanas e rurais.Justificavam (e justificam) os idealizadores, que a energia elétrica, estando ã disposição do agricultor, este a utilizaria em benefício do aumento da produção e da produtividade; com isto, a energia elétrica viria, a médio e longo prazos, substituir algumas utilizações da energia derivada do petróleo, pesando ‘item na balança de pagamentos. Além disso, a utilização da energia elétrica aumentaria o consumo de uma ampla gama de equipamentos elétricos, eletromecânicos e eletrônicos, impulsionando a taxa de crescimento destas indústrias, pela ampliação do mercado consumidor. Dada às discordâncias de enfoque, a importância do tema e a falta de literatura a respeito é que surgiu a ideia dessa pesquisa nas propriedades rurais possuidoras de eletricidade em regiões diferentes, com o intuito de saber se essas afirmações estão ocorrendo na realidade. Através desse trabalho constatamos que essas afirmações não estão ocorrendo. Preocupamo-nos em saber detalhadamente a forma como está sendo utilizada a eletricidade nas 387 propriedades pesquisadas. Para facilitar o entendimento do assunto, classificamos a utilização de eletricidade em dois grupos: A) Energia utilizada no processo produtivo B) Energia utilizada nas atividades domésticas. De forma que, possuindo uma bomba d`água de poço tipo cisterna, se a água bombeada servisse exclusivamente a(s) casa (s) seria classificada no grupo B; se servisse a criação de pequenos animais, mesmo em criação não comercial, seria classificado no grupo A. Assim fazendo, a energia utilizada nos domicílios rurais seria de utilização exclusiva do domicilio, nada contribuindo para a produção da produtividade. 0 método usado foi somar os Watts utilizados nos dois grupos e fazer uma porcentagem. A conclusão e que 36, 34% ' da eletricidade instalada servem no grupo A, ou seja, têm alguma relação com a produção, e 63,99% da eletricidade têm uso apenas domiciliar, ou seja, no grupo B. Por si só esse dado já nos esclarece parte da questão; no entanto, outro fato que nos chamou a atenção é o superdimensionamento das redes, ou seja, na grande maioria das propriedades a rede elétrica tem um -potencial bem maior que a energia que e utilizada. Deve-se ressaltar que o custo das redes elétricas tem relação com a sua capacidade, de forma que o agricultor está pagando caro uma rede que não vai utilizar. Este ponto é importante porque a totalidade das redes e financiada com recursos de Bancos Públicos e com juros subsidia dos.Tanto perde dinheiro o Governo, que poderia, com a mesma verba, fazer mais como o agricultor, porque a manutenção também é maior numa rede de maior capacidade. Também foi constatado, se bem que nos parecesse natural, que a utilização da eletricidade nas propriedades demanda tempo, tempo suficiente para adaptação a uma nova tecnologia e tempo suficiente para o "envelhecimento" das máquinas (motores) ou equipamentos já em utilização. Fato este que não alterou os dados, pois grande número de propriedades pesquisadas possui a eletricidade há vários anos. Com isso tudo observamos que, realmente, a eletricidade nas propriedades rurais tem sido utilizada nas residências e pouca é sua participação no processo produtivo. Quem leva a maior vantagem nisso são as fábricas de eletrodomésticos cujo mercado consumidor tem sido consideravelmente ampliado. Há necessidade de mudar-se os rumos da política agrícola ou ela atende as reais necessidades de nossa realidade rural ou se torna um elefante branco que não sairá do papel das mesas dos tecnocratas que a confeccionam. Sem a participação dos maiores interessados na definição e execução da política agrícola, continuaremos a observar os grandes grupos econômicos sendo os maiores beneficiados com os instrumentos dessa política.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.initialsUFCGpt_BR
dc.subject.cnpqEngenharia Agrícola.pt_BR
dc.citation.issue9pt_BR
dc.titleUso da energia elétrica na zona rural.pt_BR
dc.date.issued1979-
dc.identifier.urihttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/37756-
dc.date.accessioned2024-09-17T16:14:43Z-
dc.date.available2024-09-17-
dc.date.available2024-09-17T16:14:43Z-
dc.typeArtigo de Eventopt_BR
dc.subjectEletrificação ruralpt_BR
dc.subjectEnergia elétrica - zona ruralpt_BR
dc.subjectZona rural - eletrificaçãopt_BR
dc.subjectRural electrificationpt_BR
dc.subjectElectric energy - rural areaspt_BR
dc.subjectRural areas - electrificationpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.creatorCOSTA, Guido José da.-
dc.creatorGRAZIANO, José Roberto.-
dc.publisherUniversidade Federal de Campina Grandept_BR
dc.languageporpt_BR
dc.title.alternativeUse of electricity in rural areas.pt_BR
dc.identifier.citationCOSTA, Guido José da; GRAZIANO, José Roberto. Uso da energia elétrica na zona rural. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA. Seção Temática: Energia na agricultura. Campina Grande - PB, 9., 1979. Anais [...]. Campina Grande - PB: Universidade Federal da Paraíba, 1980. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/37756pt_BR
Appears in Collections:Volume 2 - Seção Técnica 4: Energia na Agricultura

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