MENDES, S. A.; http://lattes.cnpq.br/9325105745150627; MENDES, Saullo de Alcântara.
Resumo:
A violência contra as mulheres não é algo recente na história humanidade. O termo surgiu por
volta de 1970, por intermédio do movimento feminista que alegava que a ação violenta se
justificava pôr a vítima pertencer ao sexo feminino e que por isso eram subordinadas pelos
homens; sendo definido nos dias atuais como a ação cometida contra uma mulher que
compromete sua integridade física, psicológica e sexual. Embora existam políticas públicas
com o objetivo de combater os casos de violência contra o sexo feminino, faz-se necessário o
acompanhamento minucioso da situação de cada região, para que seja possível adequar os
mecanismos e leis vigentes, promovendo um atendimento de qualidade as vítimas, bem como
a repreensão cabível aos acusados. Nesse contexto, o presente estudo objetivou realizar a
caracterização epidemiológica de mulheres vítimas de violência no estado da Paraíba entre os
anos de 2009 a 2017. O mesmo é de caráter ecológico, retrospectivo, de natureza descritiva,
com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados na plataforma online do
SINAN/DATASUS e analisados através de estatísticas descritivas. Os resultados revelaram
que o maior número de casos ocorreu na macrorregião do sertão, possivelmente relacionado
com a menores condições socioeconômicas e que perfil das mulheres consiste em vítimas com
idade entre 20 e 39 anos, da cor/raça parda, em grande maioria com ensino fundamental
incompleto. Dentre os tipos de violência, a mais recorrente foi a violência física, seguida pela
sexual e psicológica. Assim é possível concluir que não basta possuir políticas de repreensão a
violência contra as mulheres, mas faz-se necessário compreender as características de cada
vítima para que só assim elabore-se medidas que visem promover o diagnóstico,
acompanhamento, conscientização, capacitação e a independência dessas vítimas.