Fatores limitadores e contributivos das empresas de tecnologia com impacto social inseridas no ecossistema de inovação da Paraíba.

Abstract

No decorrer dos anos, foi-se disseminando o pensamento acerca do desenvolvimento sustentável das sociedades, visto que as questões que tornam os indivíduos e o ambiente vulneráveis estão cada vez mais presentes. A partir desta realidade, começaram a surgir organizações que atuam de maneira economicamente sustentável e que têm como objetivo a melhoria de alguma questão de desemparo socioambiental: os Negócios de Impacto Social. Levando isso em consideração, este trabalho teve o objetivo de analisar quais são os fatores contributivos e limitadores para o desenvolvimento de empresas de tecnologia com impacto social inseridas no ecossistema de inovação paraibano. Na fundamentação teórica foram tratados assuntos como: conceito desse tipo de organização, que não se encaixa no 2º e no 3º setor, absorvendo características de ambos; a diferentes abordagens acerca dos negócios sociais ao redor do mundo; e os fatores que contribuem e restringem o desenvolvimento dessas organizações. Em relação ao aspecto metodológico, essa pesquisa se classifica como estudo de multicasos, qualitativo e descritivo, tendo sido baseada em três casos de empresas incubadas na Incubadora de Negócios Criativos e Inovadores de Campina Grande (ITCG) que faz parte da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PacTcPB). A coleta de dados se deu por meio de entrevistas semiestruturadas com os gestores das organizações, além do exame de documentos internos e observação não participante. A análise, por sua vez, foi baseada na triangulação dos dados obtidos, tendo como principal fonte de informação as entrevistas realizadas. Os dados obtidos foram expostos baseados em cinco dimensões compostas por 8 aspectos contributivos e 18 limitadores, de acordo com o modelo de Jappe (2013) e nele são consideradas questões fundamentais para o desenvolvimento das organizações híbridas a mensuração do impacto causado; o diferencial competitivo do negócio; a gestão de fluxo de caixa; a “concorrência” do Governo em meio ao auxílio das pessoas à margem da sociedade; a participação em editais, entre outros. Conclui-se que o estudo em questão auxilia as empresas inseridas no ecossistema paraibano a entenderem alguns fatores que contribuem ou não para o seu desenvolvimento.