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Esta monografia faz uma análise pautada diante as discussões entre educação,
cultura, identidade negra e formação docente. Para tal, apresenta a necessidade de
articulação entre os processos educativos escolares e a inserção de novas
temáticas e discussões no campo da formação de professores/as. Este estudo
envolve a questão do afro-descendente e formação docente, constitui-se no objeto
deste trabalho por serem instrumentos atuais que vem coibir comportamentos
racistas na Sociedade brasileira. Partiu-se de antecedentes históricos, originados de
acoes de homens que arrancaram os negros africanos de suas terras, por meio de
forca de armas, causando a esse continente toda sorte de perversidade com
prejuízos que perduram ate os dias de hoje. No entanto não percebemos que:
africanos e seus descendentes resistiram e resistem, contribuíram e contribuem em
diversos processos de construção deste pais. Dando continuidade as reflexões
realizadas pela turma, discutem-se as representações sobre a cor negra,
construídas dentro e fora do ambiente escolar, a partir de produções textuais,
depoimentos de homens e mulheres negras em videos e desenhos. Para essas
pessoas, a experiencia não se reduz ao espaço da família, das amizades, da
militância. A escola aparece em vários depoimentos como um importante espaço no
qual também se desenvolve o tenso processo de construção da identidade negra.
Lamentavelmente, nem sempre ela e lembrada como uma instituição em que o
negro e seu padrão estético são vistos de maneira positiva. O entendimento desse
contexto revela que o corpo, como suporte de construção da identidade negra, ainda
não tem sido uma temática privilegiada pelo campo educacional, principalmente
pelos estudos sobre formação de professores e diversidade étnico-cultural. E que
esse campo, também, ao considerar tal diversidade, devera se abrir para dialogar
com outros espaços em que os negros construam suas identidades. Atentos a
importância do trabalho com a questão racial e com a responsabilidade social da
escola na desconstrução de estereótipos raciais, alguns estabelecimentos de
ensino, sobretudo do setor publico, já desenvolvem trabalhos e projetos voltados
para a valorização da cultura negra. As escolas que percebem a importância de um
trabalho coordenado com a comunidade, os movimentos sociais e profissionais
negros que lidam no seu cotidiano com a questão racial, abrem as suas portas para
um trabalho em conjunto. E nesse momento que a articulação entre os espaços
escolares e não-escolares pode acontecer. Cabe a nos ampliar e mudar o que
temos diante de todos nós. |
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