DSpace/Manakin Repository

Com quantas pílulas se (re)ergue um manicômio? A medicalização nas conferências nacionais de "saúde mental".

Mostrar registro simples

dc.creator.ID SILVA, C. M. pt_BR
dc.creator.Lattes http://lattes.cnpq.br/0313986561084929 pt_BR
dc.contributor.advisor1 MORAES, Maristela de Melo.
dc.contributor.advisor1ID MORAES, M. M. pt_BR
dc.contributor.advisor1Lattes http://lattes.cnpq.br/2704701903980934 pt_BR
dc.contributor.referee1 NEVES, Tiago Iwasawa.
dc.contributor.referee2 SILVA, Priscilla Maria de Castro.
dc.description.resumo A Reforma Psiquiátrica, a Luta Antimanicomial e o processo de Desinstitucionalização vêm sendo historicamente marcados pela superação das internações em manicômios, a construção de estratégias e serviços na/para comunidade, a garantia de direitos e a reflexão sobre os modelos vigentes de atenção às pessoas atendidas nos serviços ditos “de saúde mental”. A partir do fortalecimento de tais processos, o modelo hospitalocêntrico, higienista e medicalizante, é questionado, uma vez que fortalece os processos invalidação e segregação daqueles que fogem da norma e desestabilizam a ordem social que lhes é imposta. O caminho já vem sendo percorrido com o fechamento de hospitais e/ou diminuição de leitos psiquiátricos. Paralelo a isto, são propostos serviços substitutivos que tornam possível a reorientação da atenção e assistência em “saúde mental”. Apesar dos avanços, é necessário atentar para o fato de que a Reforma Psiquiátrica não pode ser reduzida apenas à mudança nas estruturas físicas que aprisionam corpos. Ao contrário, o maior desafio a ser (constantemente) enfrentado diz das práticas manicomiais – e manicomializantes – que ultrapassam as paredes dos hospitais. Os serviços substitutivos e seus profissionais ainda são confrontados em suas práticas cotidianas com o desafio de romper com estratégias terapêuticas advindas do modelo hospitalocêntrico. Nesses espaços, a medicalização emerge enquanto proposta de intervenção central – quando não única – deixando em segundo plano possibilidades outras que digam de uma prática de cuidado pautada na autonomia e nos direitos das pessoas atendidas. A partir disso, este trabalho objetivou identificar de que modo, no Brasil, tem sido discutida (e tensionada) a problemática da medicalização na “saúde mental”. Para tanto, foi realizada uma análise documental, através da análise temática de conteúdo, dos relatórios das Conferências Nacionais de Saúde Mental. A partir das categorias criadas e analisadas, foi possível inferir que apesar de termos avançado com as proposições da Reforma Psiquiátrica brasileira, enquanto movimento não estanque, há muito a ser discutido, tensionado e (re)analisado. O diálogo sobre a medicalização da vida parece estar em segundo plano. A quem interessa tanto(s) silêncio(s)? Os manicômios foram, de fato, derrubados ou seguem sendo fortalecidos? De quais manicômios estamos falando? São questões que emergem e que não aceitam respostas imediatas. Por isso, o convite à reflexão. pt_BR
dc.publisher.country Brasil pt_BR
dc.publisher.department Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS pt_BR
dc.publisher.initials UFCG pt_BR
dc.subject.cnpq Psicologia
dc.title Com quantas pílulas se (re)ergue um manicômio? A medicalização nas conferências nacionais de "saúde mental". pt_BR
dc.date.issued 2018
dc.description.abstract The Psychiatric Reform, the Antimanicomial Struggle and the Deinstitutionalization process have been historically marked by overcoming hospitalizations in asylums, building strategies and services in the community, guaranteeing rights and reflecting on the current models of care for the people served in so-called "mental health" services. From the strengthening of such processes, the hospital-centered, hygienist and medicalizing model is questioned, since it strengthens the invalidation and segregation processes of those who escape the norm and destabilize the social order imposed on them. The path has already been covered with the closure of hospitals and / or the reduction of psychiatric beds. Parallel to this, substitutive services are proposed that make it possible to reorient attention and assistance in "mental health". Despite the advances, it is necessary to look at the fact that the Psychiatric Reform can not be reduced only to the change in the physical structures that imprison bodies. On the contrary, the biggest challenge to be (constantly) confronted is the manicomial - and manicomalizing - practices that go beyond the hospital walls. Substitutive services and their professionals are still confronted in their daily practices with the challenge of breaking with therapeutic strategies coming from the hospital-centered model. In these spaces, medicalization emerges as a proposal for central intervention - when not unique - leaving in the background other possibilities that say of a practice of care based on the autonomy and rights of the people served. From this, this work aimed to identify how the problem of medicalization in "mental health" has been discussed (and tensioned) in Brazil. For that, a documentary analysis was carried out, through the thematic content analysis, of the reports of the National Mental Health Conferences. From the categories created and analyzed, it was possible to infer that although we have advanced with the proposals of the Brazilian Psychiatric Reform, as a non-watertight movement, there is much to be discussed, stressed and (re) analyzed. The dialogue on the medicalization of life seems to be in the background. Who is so interested in silence (s)? Were the asylums actually overthrown or strengthened? What are we insane asylums? These are issues that emerge and do not accept immediate answers. Therefore, the invitation to reflection. pt_BR
dc.identifier.uri http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/14841
dc.date.accessioned 2020-09-02T15:58:26Z
dc.date.available 2020-09-02
dc.date.available 2020-09-02T15:58:26Z
dc.type Trabalho de Conclusão de Curso pt_BR
dc.subject Saúde mental - Conferências Nacionais
dc.subject Medicalização - saúde mental
dc.subject Medicamentalização - saúde mental
dc.subject Análise de Conteúdo - Bardin
dc.subject Manicômios
dc.subject Reforma Psiquiátrica
dc.subject Internações em manicômios
dc.subject Serviços de saúde mental
dc.subject Atenção em saúde mental
dc.subject Assistência em saúde mental
dc.subject Práticas manicomiais
dc.subject Práticas manicomializantes
dc.subject Modelo hospitalocêntrico
dc.subject Medicalization - mental health
dc.subject Medication - mental health
dc.subject Asylums
dc.subject Bughouse
dc.subject Psychiatric Reform - Brazil
dc.subject Hospitalizations in asylums
dc.subject Mental health services
dc.subject Asylum practices
dc.subject Hospitalocentric model
dc.subject Salud Mental - Conferencias Nacionales
dc.subject Medicalización - salud mental
dc.subject Medicamentos - salud mental
dc.subject Análisis de contenido - Bardin
dc.subject Asilos
dc.subject Hospitalizaciones en asilos de locos
dc.subject Servicios de salud mental
dc.subject Cuidado de la salud mental
dc.subject Asistencia de salud mental
dc.subject Modelo centrado en el hospital
dc.rights Acesso Aberto pt_BR
dc.creator SILVA, Camila de Melo.
dc.publisher Universidade Federal de Campina Grande pt_BR
dc.language por pt_BR
dc.title.alternative Medicalization at national "mental health" conferences. pt_BR
dc.title.alternative ¿Con cuántas pastillas se puede (re)construir un asilo? La medicalización en los congresos nacionales de "salud mental".
dc.identifier.citation SILVA, Camilla de Melo. Com quantas pílulas se (re)ergue um manicômio? A medicalização nas conferências nacionais de "saúde mental". 2018. 47f. (Trabalho de Conclusão de Curso - Monografia), Curso de Bacharelado em Psicologia, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Campina Grande, Campus Campina Grande - Paraíba - Brasil, 2018. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/14841 pt_BR
dc.description.resumen La Reforma Psiquiátrica, la Lucha Antiasilo y el proceso de Desinstitucionalización han estado históricamente marcados por la superación de las internaciones en asilos, la construcción de estrategias y servicios en/para la comunidad, la garantía de derechos y la reflexión sobre los modelos de atención vigentes para las personas atendidas en los llamados servicios de “salud mental”. A partir del fortalecimiento de tales procesos se cuestiona el modelo hospitalocéntrico, higienista y medicalizante, ya que fortalece los procesos de invalidación y segregación de quienes se desvían de la norma y desestabilizan el orden social que se les impone. El camino ya está recorrido con el cierre de hospitales y/o la reducción de camas psiquiátricas. Paralelamente, se proponen servicios sustitutivos que posibiliten la reorientación de la atención y asistencia en “salud mental”. A pesar de los avances, es necesario prestar atención al hecho de que la Reforma Psiquiátrica no puede reducirse sólo al cambio en las estructuras físicas que aprisionan los cuerpos. Por el contrario, el mayor desafío que se debe enfrentar (constantemente) se refiere a las prácticas de asilo, y las prácticas de asilo, que van más allá de los muros de los hospitales. Los servicios sustitutivos y sus profesionales aún enfrentan en sus prácticas diarias el desafío de romper con las estrategias terapéuticas derivadas del modelo centrado en el hospital. En estos espacios, la medicalización surge como propuesta de intervención central –si no la única– dejando en un segundo plano otras posibilidades que hablan de una práctica asistencial basada en la autonomía y los derechos de las personas atendidas. A partir de eso, este trabajo tuvo como objetivo identificar cómo, en Brasil, el problema de la medicalización en “salud mental” ha sido discutido (y destacado). Para ello, se realizó un análisis documental, a través del análisis de contenido temático, de los informes de los Congresos Nacionales de Salud Mental. De las categorías creadas y analizadas, fue posible inferir que aunque hayamos avanzado con los planteamientos de la Reforma Psiquiátrica Brasileña, como movimiento que no es estanco, hay mucho que discutir, tensionar y (re)analizar. El diálogo sobre la medicalización de la vida parece estar en un segundo plano. ¿A quién le importa tanto silencio(s)? ¿Los asilos, de hecho, fueron derrocados o todavía se están fortaleciendo? ¿De qué asilos estamos hablando? Son preguntas que surgen y no aceptan respuestas inmediatas. Por eso, la invitación a la reflexión.


Arquivos deste item

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples

Buscar DSpace


Busca avançada

Navegar

Minha conta