PEREIRA NETO, A. G.; PEREIRA NETO, Ary Gonçalves.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi fazer um estudo retrospectivo dos casos de displasia
coxofemoral canina (DCFC) no período de 2006 a 2018 no Hospital Veterinário da
Universidade Federal de Campina Grande, campus de Patos-PB, enfatizando os casos
cirúrgicos. Foi feita uma análise das fichas da clínica médica de pequenos animais, onde
obteve-se as informações dos casos de DCFC, bem como seus fatores epidemiológicos e
cirúrgicos. A DCFC afeta comumente cães de grande porte antes do primeiro ano de idade,
essa enfermidade está presente na região de Patos com prevalência de 0,30% (83 casos) do
total de 27.554 atendimentos. Os sinais e sintomas observados foram: claudicação,
arqueamento do quadril, dor e o relato de que o animal não apoiava o membro. As idades dos
cães variam de 0-13 anos, sendo que maioria diagnosticado com displasia coxofemoral canina
está na faixa de 0-1 ano. Raças que prevaleceram nesse estudo foram: Rottweiler com 15
casos (18%) e Pastor Alemão com 12 casos (14,4%). Em relação ao peso corpóreo, ocorreu
maior incidência em cães cujo peso ficou entre 0 e 10kg, totalizando 20 casos (24,9%). O total
de cães encaminhados para o setor de cirurgia para o tratamento adequado foi de 46 animais
(55%), prevalecendo as técnicas cirúrgicas: colocefalectomia com 24 casos (52,1%),
denervação com 14 casos (30,4%), sinfiodese púbica juvenil com 2 casos (4,3%) e
pectineotomia com 2 casos (4,3%). A displasia coxofemoral é uma doença presente na região
de Patos-PB e mesmo diante das dificuldades financeiras, tanto da Instituição, como dos
tutores, foram realizadas muitas cirurgias de correção da displasia coxofemoral no período
estudado, aspecto importante para formação dos médicos veterinários.