dc.creator.ID |
GUERRA, C. G. B. |
pt_BR |
dc.creator.Lattes |
http://lattes.cnpq.br/6318159263780506 |
pt_BR |
dc.contributor.advisor1 |
AMORIM, José Edilson de. |
|
dc.contributor.advisor1ID |
AMORIM, J. E. |
pt_BR |
dc.contributor.advisor1Lattes |
http://lattes.cnpq.br/6524195105007515 |
pt_BR |
dc.contributor.referee1 |
MARIZ, Josilene Pinheiro. |
|
dc.contributor.referee2 |
MAGALHÃES, Antônio Carlos. |
|
dc.description.resumo |
Este trabalho, no qual analisamos três novelas de Hilda Hilst: Tu não te moves de ti
(1980), A obscena senhora D. (1982) e Com meus olhos de cão (1986), tem como
objetivo principal apontar os aspectos paratópicos nas obras selecionadas. Paratopia
é um conceito formulado por Dominique Maingueneau e trata, basicamente, do nãolugar
criado e ocupado por algumas literaturas e seus autores. Descrita como uma
autora “outsider”, por fazer extrema questão de ocupar um lugar controverso no
campo literário, principalmente criticando seus aspectos essencialmente comerciais
em entrevistas e nas entre linhas do seu trabalho literário, Hilst buscou ao máximo
em seus escritos não se enquadrar nos perfis impostos para os autores conseguirem
alcançar o sucesso de vendas ou o grande público. Ela consegue realizar isso
trazendo à tona temas inquietantes e tratando tabus com pouquíssimo decoro ou
mesmo cuidado. Até quando trata de sexo na infância, abuso e mesmo Deus, Hilst
consegue escrachar e transformar tudo isso numa risada, embora nervosa e
grotesca, mas mesmo a tragedia cotidiana é motivo de graça, como se apenas a
busca por Deus e respostas fizesse sentido. Apesar disso, o desejo de ser lida,
contraditoriamente, sempre foi expresso e estava presente nas entrevistas dadas
pela autora, ou seja, metaforicamente em muitas de suas obras. Todos os escritores
literários estão inseridos em um determinado grau na paratopia, pois o fato de estar
na sociedade, e ao mesmo tempo, através de suas obras dar voz as párias, ter que
ser um observador distante que escreve seus pontos de vistas e nuncias sobre a
mesma sociedade, criando outros mundos referentes aos que ele habita os
transporta e o localiza no não-lugar. Nesse trabalho tentamos apontar que Hilst não
tem êxito em alcançar facilmente nem mesmo esse não lugar ocupado por seus
pares literatos, pois suas obras que afundam em um espiral quântica de fluxo de
consciência, sua constante luta por não pertencer nicho literário mainstrin a coloca
numa paratopia que se faz deslocada dentro do mesmo conceito criado por
Maingueneau. Para seguirmos as linhas tão aparentemente “aleatórias” traçadas
pela autora estudaremos a linguagem literária desenvolvida pela mesma, como
também analisamos seus personagens (espelhos da escritora e seus dilemas),
estudamos o espaço e o tempo existentes de forma não linear em suas narrativas, os
quais, podemos constatar contribuem para deslocar a autora do lugar mais comum
do cânone literário, e até mesmo de sua localização paratópica para outra ainda não
descrita nem localizada. |
pt_BR |
dc.publisher.country |
Brasil |
pt_BR |
dc.publisher.department |
Centro de Humanidades - CH |
pt_BR |
dc.publisher.program |
PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO |
pt_BR |
dc.publisher.initials |
UFCG |
pt_BR |
dc.subject.cnpq |
Literatura |
pt_BR |
dc.title |
Literatura e descentramento: uma análise dos aspectos paratópicos na prosa de Hilda Hilst. |
pt_BR |
dc.date.issued |
2020 |
|
dc.description.abstract |
This Dissertation, in which we analyzed three novels by Hilda Hilst: ‘You don't move
from yourself’ (1980), ‘The obscene lady D’ (1982) and ‘With my dog eyes’ (1986),
has as main objective to point out the paratopyc aspects in the selected works.
‘Paratopy is a concept formulated by Dominique Maingueneau and basically deals
with the non-place created and occupied by some literature and its authors. Initially
labeled an "outsider" author for occupying a controversial position in the literary field,
primarily criticizing her essentially commercial aspects in interviews and between the
lines of her literary work, Hilst tried not to fit the profiles labels for authors to achieve
sales success or the general public as much as possible in her writings. She
accomplishes this by bringing up uncomfortable topics and addressing taboos with a
lack of etiquette or concern. Dealing with themes such as sexualized infancy,
harassment, and even God, Hilst successfully exhibits and changes everything in
jokes and laughs, albeit grotesque and nervous laughter, treating a daily tragedy as
sarcastic themes, just like as the search for God and answers makes any sense.
However, in given interviews, the desire to be read was always present, in other
words, it was metaphorically present in many of the author's works. Since the mere
fact of being in society, all literature writers are inserted in a degree of paratopy, while
at the same time through their works offer a voice to society's pariahs whistle being a
distant observer which writes its points of view and discrete details about the same
society, creating other worlds referring the reader to habit and transport and localize
itself in a no-place. We argue in this work that Hilst has difficulty reaching the
previously described no-place occupied by its scholar pairs because her compositions
easily immerse in a quantic spiral of consciousness flow, and the ever-present fight
for not belonging in a literary mainstream niche keeps her in a paratopy, making her
unbounded to a concept created by Maingueneau. To follow the lines drawn
"randomly" by the author, we will study the author's literary language, as well as
analysis of her characters (mirrors of the author inside her dilemmas) and study the
space and time existing in non-linear ways inside narratives, which help to displace
the author from a common place in the literary canon, even moving from its paratopic
place to another yet not described and not located anywhere. |
pt_BR |
dc.identifier.uri |
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27340 |
|
dc.date.accessioned |
2022-09-21T11:30:46Z |
|
dc.date.available |
2022-09-21 |
|
dc.date.available |
2022-09-21T11:30:46Z |
|
dc.type |
Dissertação |
pt_BR |
dc.subject |
Hilda Hilst - escritora |
pt_BR |
dc.subject |
Prosa |
pt_BR |
dc.subject |
Literatura e descentramento |
pt_BR |
dc.subject |
Aspectos paratópicos - literatura |
pt_BR |
dc.subject |
Novelas |
pt_BR |
dc.subject |
Paratopia |
pt_BR |
dc.subject |
Não lugar - literatura |
pt_BR |
dc.subject |
Literatura Paulista - prosa |
pt_BR |
dc.subject |
Literatura Paulista - novelas |
pt_BR |
dc.subject |
Análise do discurso e literatura |
pt_BR |
dc.subject |
Linguagem paratópica em novelas |
pt_BR |
dc.subject |
Hilda Hilst - writer |
pt_BR |
dc.subject |
Prose |
pt_BR |
dc.subject |
Literature and decentring |
pt_BR |
dc.subject |
Paratopic aspects - literature |
pt_BR |
dc.subject |
Soap operas |
pt_BR |
dc.subject |
Not place - literature |
pt_BR |
dc.subject |
Literatura Paulista - prosa |
pt_BR |
dc.subject |
Paulista Literature - prose |
pt_BR |
dc.subject |
Paulista Literature - novels |
pt_BR |
dc.subject |
Discourse analysis and literature |
pt_BR |
dc.subject |
Paratopic language in novels |
pt_BR |
dc.rights |
Acesso Aberto |
pt_BR |
dc.creator |
GUERRA, Clarissa Gorban Brito. |
|
dc.publisher |
Universidade Federal de Campina Grande |
pt_BR |
dc.language |
por |
pt_BR |
dc.title.alternative |
Literature and decentring: an analysis of paratopic aspects in Hilda Hilst's prose. |
pt_BR |
dc.description.sponsorship |
Capes |
pt_BR |
dc.identifier.citation |
GUERRA, Clarissa Gorban Brito. Literatura e descentramento: uma análise dos aspectos paratópicos na prosa de Hilda Hilst. 2020. 238f. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Linguagem e Ensino , Centro de Humanidades, Universidade Federal de Campina Grande - Campina Grande - Paraíba - Brasil, 2020. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27340 |
pt_BR |