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A inclusão educacional ainda é um direito a ser conquistado,
o qual depende de mudanças políticas, econômicas, atitudinais,
entre outras. Embora avanços tenham ocorrido nos últimos anos
para as pessoas com deficiência, principalmente no campo jurídico,
as práticas sociais, inclusive educacionais, ainda precisam galgar
novos passos nessa caminhada.
Nesse contexto, a construção dos conhecimentos espaciais
pode contribuir para a ampliação da acessibilidade e da autonomia
das pessoas com deficiência, dentre elas, aquelas com deficiências
visuais (DV). E, embora tenha havido iniciativas do Ministério
da Educação (MEC), como a elaboração de documentos como
o Fascículo 07, intitulado “A Educação Especial na Perspectiva
da Inclusão Escolar: orientação e mobilidade, adequação postural
e acessibilidade espacial”, ainda não há a apropriação do espaço
escolar por aquele(a)s com deficiências.
Por isso, são necessárias formações para o(a)s profissionais
do Atendimento Educacional Especializado (AEE) no campo dos
saberes geográficos, do(a)s pedagogo(a)s que trabalham com as
séries iniciais e também do(a)s professore(a)s de Geografia, para
desenvolverem atividades a partir do espaço vivido pelo(a)s estudantes.
Além disso, precisa-se, nas escolas, de materiais cartográficos
táteis que favoreçam tais aprendizagens.
Os projetos de extensão realizados entre os anos de 2015 e
2017, em instituição filantrópica e escolas públicas da Paraíba, contribuíram
com intervenções pedagógicas que ampliaram os debates
sobre a apropriação espacial pelas pessoas com DV e favoreceram a
realização de momentos formativos para o(a)s docentes daquelas
instituições. Ademais, foram construídos recursos cartográficos
táteis, os quais foram doados às referidas entidades.
Esses projetos foram aprovados pelo Programa de Bolsas
de Extensão (PROBEX) e contaram com o apoio da Unidade Acadêmica
de Geografia (UAG), da Unidade Acadêmica de Educação
(UAEd) e da Unidade Acadêmica de Letras (UAL) da Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG). Além disso, receberam o
suporte para a produção dos recursos em braille do Núcleo de
Educação Especial (NEDESP/UEPB), do Laboratório Multiusuário
de Tecnologias da Informação Aplicadas às Ciências Humanas -
LabINFO/CH, na produção de alguns mapas, e do Laboratório
de Ensino e Geografia (LAEG/UAG), na confecção dos materiais
pedagógicos táteis.
Os artigos reunidos nesta obra resultaram das reflexões sobre
as práticas desenvolvidas durante os três anos de extensão, alguns
dos quais foram produzidos anteriormente, com resultados parciais,
e apresentados em eventos como: Encontro Nacional de Geógrafos
(ENG), Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU),
Congresso Nacional de Educação (CONEDU), Colóquio Brasileiro
Educação na Sociedade Contemporânea (COBESC), Congresso
Internacional de Educação e Inclusão (CINTEDI), Seminário de
Educação Geográfica da UFPB (EDUGEO), entre outros.
Desse modo, agradecemos aos agentes que foram fundamentais
para o desenvolvimento dos projetos, entre os quais destacamos
o professor Paulo Sérgio Cunha Farias, que participou
das orientações dos extensionistas entre 2015 e 2016, oferecendo
o curso de Letramento Cartográfico; a técnica em cartografia Anna
Raquel Dionísio Ramos, elaboradora de diversos mapas utilizados na extensão; Alindembergue de Araújo Oliveira, que produziu os
recursos em braille; e os monitores do LAEG, colaboradores na
confecção dos recursos táteis.
Também foi fundamental o apoio do(a)s professore(as
Eduardo Gomes Onofre, no projeto “Inclusão dos estudantes com
deficiência visual no Ensino Superior”, em 2017; como também de
Géssika Demétrio de Alcântara e Edileide Maria de Souza, as quais
ministraram o minicurso “Braille na Ponta dos Dedos”; além de
Alânia Cordeiro da Silva, Juan Felipe de Azevedo Falcão e Tayná
Maria Amorim Monteiro Xavier, o(a)s quais ministraram o minicurso
“Sorobã e outros recursos matemáticos para pessoas com
deficiência visual”.
E não poderíamos deixar de enfatizar as imprescindíveis
atuações do(a)s extensionistas Lívia Silva do Nascimento, Letícia
dos Santos Ferreira, Iranildo Anibal de Lima Sousa, Andreza Kelly
Guedes de Medeiros, Maria José Elaine Costa Silva, Raphaela Barbosa
de Farias; Ana Beatriz Cunha de Araújo, Edileide Maria de
Souza, Annamaria da Rocha Barbosa, Naum Filipe Nicácio Alves,
Polyanna Nayanna de Brito Caluête, José Dinaldo Martins, Lucian
Medeiros, Nivea Regina Meneses, José Geraldo da Costa Neto e
Allan Jeferson da Silva Ferreira.
Agradecemos também o apoio dado pelo(a)s gestores do
Instituto dos Cegos e das escolas parceiras e, principalmente,
pelos(as) professore(a)s da Educação Básica que nos acompanharam
durante a extensão, além do(a)s profissionais do AEE que estiveram
presentes em algumas atividades.
Por último, encaminhamos nosso agradecimento ao PROBEX,
que contribuiu com bolsas nos três anos dos projetos, e ao(à)
s autore(a)s dos artigos que se debruçaram sobre as reflexões a respeito da inclusão e da educação geográfica, tão fundamentais para
a construção das autonomias daqueles com deficiências visuais. |
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