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A moringa (Moringa oleifera Lam.) tornou-se
uma grande aliada quando, na década de
1990, tomamos conhecimento do seu cultivo no semiárido
da Paraíba. A partir de então, começamos a trabalhar
com esta espécie de múltiplo uso e, por mais de uma década,
conseguimos produzir, junto com alunos de graduação
do curso de Engenharia Florestal da Universidade
Federal de Campina Grande e de pós-graduação da Universidade
Federal da Paraíba, monografias de conclusão
de curso, dissertações e artigos em periódicos que ajudaram
a difundir a cultura da moringa em nossa região.
Daí em diante, a moringa passou a ser não apenas
uma espécie vegetal resistente às intempéries do
Nordeste semiárido brasileiro, mas uma planta que poderia
complementar as necessidades dos rebanhos bovino,
caprino e ovino, e, principalmente, uma alternativa para
a melhoria da qualidade da água consumida pelos seres
humanos e pelos animais que dela precisassem, pois auxiliaria
no tratamento das águas barrentas ao sedimentar
as partículas de solo e matéria orgânica em suspensão,
existentes nessas águas nos períodos mais secos do ano. Já neste século, tivemos a grata satisfação de
ver um entusiasta do uso da moringa nas mais diversas
áreas, o Prof. Gabriel Francisco da Silva, da Universidade
Federal de Sergipe, tomar a iniciativa, junto com outros
docentes e discentes dessa instituição, e propor um
evento para tratar apenas dessa cultura. Foi aí, em 2009,
que teve início o Encontro Nacional da Moringa (ENAM),
com sede em Aracaju/SE.
Desde o primeiro evento, em 2009, tivemos a oportunidade
de proferir palestras, participar de mesas-redondas,
avaliar trabalhos e apresentar resultados sobre as
pesquisas que vínhamos desenvolvendo em Patos/PB,
com apoio da Unidade Acadêmica de Engenharia Florestal/
UFCG. Verificamos que, a cada ano, o número de “apaixonados”
pela moringa cresceu em uma curva ascendente,
fato que possibilitou a publicação de inúmeros trabalhos
e, especialmente, o lançamento da cartilha “Receitas de
Moringa”, do Instituto Diamante Verde, no ENAM 2011.
O conteúdo desta publicação poderá ser utilizado
por todos aqueles interessados na moringa, desde os estudantes
em nível de graduação e pós-graduação, passando
por pessoas não ligadas diretamente à academia,
até profissionais que lidam com a espécie no dia a dia.
Com uma linguagem simples e acessível, na forma
de perguntas e respostas, o livro Moringa: 333 Perguntas
e Respostas dará suporte para dirimir algumas dúvidas
que persistem no cotidiano e deixa algumas ideias para
execução de trabalhos futuros. Na verdade, a publicação
reflete um pouco a experiência dos autores, os quais vêm
desenvolvendo trabalhos em laboratório, viveiro e campo. Apresentamos o livro Moringa: 333 Perguntas e
Respostas em forma de capítulos e, em cada um deles,
procuramos buscar as informações mais recentes, com
uma leitura agradável e singela. Iniciamos com a origem e
descrição botânica da moringa, perpassando pela propagação,
plantio, correção, adubação e nutrição da cultura.
Em seguida, tratamos das práticas de mecanização e irrigação,
qualidades silviculturais, pragas e doenças, colheita
e armazenamento, e os principais usos da moringa. Para
finalizar, elencamos algumas referências consultadas que
poderão servir de subsídio para pesquisas futuras.
É certo que muitas perguntas/respostas deixaram
de ser contempladas nesta publicação. Temos certeza de
que não esgotamos os assuntos sobre a moringa, portanto,
as críticas que surgirem serão recebidas como motivação
para aperfeiçoarmos/melhorarmos a próxima publicação.
De antemão, agradecemos pelas contribuições
que surgirem e garantimos-lhes prioridade no futuro.
Finalmente, não podemos deixar de crer que esta
publicação se configura como mais um esforço para tornar
a Moringa oleifera Lam. ainda mais difundida, espalhando
sua enorme riqueza entre a população que dela
fará uso, promovendo melhoria socioambiental pelo seu
alto valor nutritivo e capacidade para crescer e se desenvolver
em qualquer parte do Brasil. |
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