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As bases para o reconhecimento histórico do município de Triunfo e sua inserção nas páginas oficiais que relatam o movimento Revolucionário conhecido como CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR, foram lançadas graças a tenacidade do executivo municipal, pessoa de Damísio Mangueira da Silva.
A princípio uma estória de “trancoso”, contada reiteradas vezes por José Lisboa Sobrinho, seu “Zé de Nanu”, a quem nuca se havia dado credibilidade. Mas a determinação fez o seu trabalho e, por fim, nos textos quase esquecidos de Rosilda Cartaxo, surgiu o fato impresso e documentado, corroborando o que seu “Zé de Nanu” preservou por décadas, em seus relatos, com total fundo de verdade e, belamente, decorados por sua privilegiada imaginação.
A Batalha de Picadas que marcou o fim do movimento também marcou o nosso, hoje município, não por ter sido um massacre hediondo, onde o sangue de 175 pessoas verteu numa grotesca irrigação da terra, mas por ter sido um daqueles eventos que dividem o tempo dos homens, tendo como pano de fundo a decisão de como eles querem viver.
Não há como aquilatar tragédias, porque, por si só, são. tragédias: conceito grego que radicaliza a impossibilidade de retomo ou reparação. Portanto, da “Batalha de Picadas” à um cotidiano homicídio, o que nos salta aos olhos nessa história é sua dimensão e desdobramentos, pois são nos desdobramentos que reside a “importância” dos fatos: o que afeta o conjunto dos homens no tempo.
Pelo exposto, esta cartilha constitui-se importante material para fixação dessa memória, devolvendo ao curso da história o lugar desses homens esquecidos que empenharam suas vidas em nome da liberdade. Nas palavras de Damísio Mangueira quando das comemorações alusivas aos 181 anos da batalha, ocorridas a 17 de outubro de 2005, momento em que um ato religioso foi celebrado: “Talvez tenha sido a primeira vez que em 181 anos, uma prece tenha sido elevada aos céus, intercedendo pela paz e descanso eterno de quem legou sua vida, através da morte, a construção da história que nos tomamos herdeiros.”. |
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