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Atualmente o futuro do planeta não é muito esperançoso. Problemas que
geram desastres locais ou no mundo, principalmente desastres ambientais
causados por mudanças climáticas, interferências irregulares humanas, poluição
e outros fatores, têm causado impacto negativo para o futuro. Além disso,
problemas como a falta de saneamento, a escassez hídrica, a poluição dos
mananciais, a ocupação irregular do solo e outros problemas que podem vir a
gerar grandes desastres são habitualmente encontrados em zonas urbanas,
onde está concentrada a maior parte da população mundial. Diante de tantos
problemas e desafios, idealiza-se cada vez mais a vida em espaços salubres e
que possuam condições de qualidade ambiental que forneçam serviços
ecossistêmicos para a vida no Planeta, tais como água e ar de qualidade, e todas
as condições necessárias para uma relação harmônica entre seres humanos e
a natureza.
Assim, surge uma nova terminologia cidades inteligentes, que precisa ser
melhor investigada diante das possibilidades e que chama atenção por esse
adjetivo “inteligente”. Pensando nisso surge a seguinte questão: as cidades
inteligentes têm sido abrangentes quanto às reais necessidades dos centros
urbanos ou têm focado apenas na implantação de tecnologias nestas cidades?
É possível fazer uma ligação a priori que uma “cidade inteligente” é uma cidade
tecnológica, mas é necessário verificar a amplitude desta terminologia. Nesse
estudo não se vai fazer uma abordagem a partir de todos os olhares, mas através
da bibliometria, utilizando aspectos metodológicos da revisão de escopo e da
revisão sistemática, busca-se entender quais são as tendências deste conceito.
Deste modo, escolheram-se algumas dimensões fundamentais
minimamente para se constituir concretamente a dignidade humana, quais
sejam: 1)Saneamento básico; 2)Segurança hídrica; 3)Mudanças climáticas;
4)Desastres. Ressaltando que esses termos não foram escolhidos ao acaso,
pois eles fazem parte de um conjunto básico para se ter uma vida digna
considerando todos os aspectos que eles abrangem e foram escolhidos para
estabelecer, ou não, relação com o conceito de cidades inteligentes com
dimensões que tratem dos reais problemas urbanos.
Diante disso, esta pesquisa se justifica por ser importante compreender a
amplitude do conceito de cidades inteligentes e como este se relaciona com
setores essenciais para se pensar numa qualidade de vida urbana e ambiental,
num contexto de um “novo” planejamento urbano e regional. Assim, o objetivo
geral deste trabalho foi estudar o conceito de smart cities e suas variações.
Como objetivos específicos propôs-se: 1) Verificar o Estado da arte da
expressão smart cities a partir da base Scopus® e sumarizar todos os conceitos
que foram elaborados em estudos mundiais e extrair os elementos comuns e
díspares desses; 2) cruzar os estudos produzidos com as seguintes expressões
chaves: segurança hídrica, saneamento, mudanças climáticas e desastres; 3)
verificar qual a relação entre smart cities e os termos objetos deste estudo.
De modo geral, esta pesquisa mostrou que, hoje em dia, a terminologia
cidades inteligentes é mais abrangente e não apenas restrita à tecnologia e que
é necessário mais pesquisas envolvendo a temática de cidades inteligentes com
os demais termos que são objeto de estudo. |
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