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No ensino tradicional, percebe-se muitas vezes longas explicações, exaustivas exposições de
conteúdos de maneira mecânica e repetitiva. Cabendo ao educando apenas fazer anotações e responder
quando por ventura for questionado pelo educador. O estudo de conteúdos ligados às ciências
ambientais complexo, estes devem ser abordados de maneira transversal, pautada numa
interdisciplinaridade (LEFF, 2008). A construção do saber ambiental requer criatividade e liberdade de
expressão, o educador pode atuar como um provocador cognitivo atuando de diversas maneiras.
O ensino moderno conta com o avanço tecnológico, cibernético e científico. E vem passando por
intensas reflexões, em consequência, a educação ambiental também fica inserida nesta discussão.
Observa-se que a educação funciona como uma ferramenta social que interfere na incorporação ou
exclusão cultural (TAMAIO, 2002). Logo, a educação ambiental permite a construção e desconstrução
de valores sociais e deve estar comprometida com a transformação social da realidade, buscando a
estruturação de formas de relacionamento entre os seres humanos e natureza mais sustentáveis. Neste
contexto, repensar as metodologias pedagógicas que entrelaçam o ensino-aprendizagem são
fundamentais para a formação do sujeito ecológico (CARVALHO, 2012).
Os discursos nos processos comunicativos entre o educador e educandos são elementos
fundamentais para a formação de conceitos e construções de significados. Aqui em destaque as crianças,
estão a cada instante formando novas concepções conceituais e internalizando valores. Então, a maneira
que essas internalizações são conduzidas vão permitir a conversão de condutas e novos
comportamentos compatíveis com a sustentabilidade.
A internalização é um processo de reconstrução interna a partir de uma interação com ações
externas, no qual os indivíduos se constituem como sujeitos através da internalização de significações
que são (re) construídas e (re) elaboradas no desenvolvimento de suas respectivas relações sociais
(VGOTSKY, 2005). Piaget (2016, p.98) ensina que "significados são determinados pela linguagem,
sistema simbólico básico dos grupos humanos". Assim, a elaboração do conceito é realizada através da
linguagem que é também uma construção social (PIAGET, 2016).
Portanto, percebe-se claramente que os educadores precisam estar atentos as possibilidades
educativas para construção do conhecimento necessário para futuro. Para tanto, as instituições que
atuam na área ambiental são provocadoras de estratégias permitam ampliar a percepção ambiental.
Neste contexto, este estudo apresenta o painel pedagógico contextualizado com a temática dos resíduos
sólidos como uma ferramenta de educação e sensibilização ambiental. Intitulado "O Lixo nosso de cada
dia" o painel propõe diversas discussões acerca dos conceitos de lixo e suas formações sócio históricas
desde a infância até a vida adulta.
O painel representa uma maneira lúdica de mediar o contexto vivido nos centros urbanos
cotidianamente pelas crianças, a problemática dos resíduos sólidos e a necessidade de uma nova relação
com lixo e o consumo. |
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dc.identifier.citation |
C MARA, Vanessa Oliveira Fernando; ALMEIDA, Darlan de Lima; ZIEGLER, Sandra Sylvia; MENDONÇA, Waldjan Lima. Lixo nosso de cada dia: painel pedagógico para ressignificar conceitos e ampliar a percepção acerca dos resíduos sólidos. In: CIRNE, Luiza Eugênia da Mota Rocha et al. Campina Gestão integrada de resíduos: universidade e comunidade. Grande - PB: EPGRAF, 2018. v.1. (Coletânea de publicações do 8th International Symposium on Residue Management in Universities ISBN: 978-85-60307-29-6. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33352 |
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