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A sociedade moderna é vista como a sociedade dos resíduos, conhecida pelos seus inúmeros
desperdícios e pelas incompatibilidades de um desenvolvimento industrial, enfrentando grandes
problemas relacionados a sustentabilidade ambiental, responsabilidade socioambiental e suas
respectivas implicações na saúde das comunidades. Além disso, as ações humanas causam
consequências maléficas quanti-qualitativos sobre o espaço geográfico, que se acentuam ao longo do
tempo progressivamente. Por sua vez, por causa do descarte incorreto dos resíduos sólidos, o espaço
geográfico interfere direta e indiretamente no processo saúde-doença (CARDOSO et al., 2015). Ressalta-
se, então, que a eliminação inapropriada dos resíduos pode acarretar inúmeros impactos à saúde pública
e ao meio ambiente. É possível tomar por exemplo as situações comuns em épocas chuvosas, no qual os
resíduos sólidos contribuem para o desencadeamento de enchentes entupindo bueiros e galerias de
água. Consequentemente, os resíduos sólidos acabam sendo espalhados pela enchente, podendo
contaminar a água e alimentos (RIBEIRO & MENDES, 2016).
Um exemplo de resíduo bastante utilizado no Brasil e no mundo são os copos plásticos
descartáveis, cujos são considerados como uma forma de economia e facilidade, para o consumo, em
geral, de água, café e outras bebidas, nos ambientes como escritórios, festividades, escolas,
universidades, repartições públicas, fábricas, estabelecimentos comerciais, entre outros (ECYCLE,
2017). O Brasil possui um grande polo de fabricação de copos descartáveis, existem fábricas em várias
cidades do país, sendo em maior produção, os copos feitos de poliestireno (PS). Cerca de 96 mil
toneladas de copos plásticos descartáveis são produzidas por ano. Em termos do produto final PS, o
balanço mundial de oferta/demanda encontra-se super ofertado, tendo-se registrado, em 2001, uma
capacidade de produção em torno de 12,2 milhões de toneladas, e sua demanda, cerca de 10,5 milhões
de toneladas. A utilização da capacidade instalada atingiu cerca de 86% (BNDES, 2002).
O plástico é o resíduo sólido urbano de maior potencial reciclável no mundo, porém a reciclagem
dos mesmos não chega ao mesmo número de produção, pois grande parte é descartada de forma
incorreta, indo parar em aterros sanitários e poluindo o meio ambiente (BNDES, 2002). Como destino
final, os copos de poliestireno podem ser reciclados por meio da reciclagem mecânica, que é a mais
utilizada no Brasil, por apresenta baixo investimento e custo de mão-de-obra. Os copos descartáveis são
transformados em grânulos que podem ser reaproveitados na produção de outros produtos. As etapas
da reciclagem consistem em: um sistema de coleta dos descartes (coleta seletiva, coleta municipal,
catadores), além da separação e triagem dos distintos tipos de plásticos, moagem, lavagem e
revalorização.
O correto a se fazer para o descarte desses copinhos deveria ser, primeiramente, o descarte em
coletores apropriados para serem recolhidos pela empresa responsável por remover os resíduos sólidos
urbanos, mas, geralmente, esse descarte é feito no lixo comum, sem a separação correta, e assim dificulta
a reciclagem dos mesmos. É importante ressaltar que um copo de plástico pode levar 100 anos para se
decompor na natureza, poluindo e afetando o meio ambiente nesse mio tempo (ECYCLE, 2017).
Dessa forma, é fundamental que ocorra mudanças para a minimização do prejuízo ambiental e da
apropriação da natureza como agente de exploração e consumo, para assim, combater a crise ambiental. Desse modo, a sustentabilidade é vista como um agente contra a degradação da natureza, pois além de
conservar o meio ambiente harmoniza o desenvolvimento humano (CARDOSO et al., 2015). Nesse
contexto, este trabalho objetiva mostrar a proporção do consumo anual de copos descartáveis e do
subsequente impacto ambiental gerado por esse consumo em uma Instituição de Ensino Superior na
cidade de Campina Grande–PB. |
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