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Muitos problemas ambientais ocorrem devido às atividades humanas, pois geram resíduos que
são descartados inadequadamente. O lixo vem acarretando sérios problemas relacionados ao meio
ambiente que estão bem visíveis em toda a sociedade. Seja através das alterações na paisagem ou no
clima que nos cerca, seja por meio da mídia que diariamente nos bombardeia com relatos de desastre e
catástrofes locais e mundiais.
Com isso, o descarte correto através do reuso ou reciclagem, por exemplo, pode amenizar tais
problemas. Uma das questões presentes nas determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos do
Brasil diz respeito ao descarte do óleo vegetal de frituras gerado nas residências e estabelecimentos
comerciais. Contudo, os governantes têm colocado como missão fundamental em suas gestões públicas,
a diminuição dos riscos ambientais à saúde, que é direito garantido pela constitucional a qualquer
cidadão a proteção à saúde.
De acordo com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT (IPT, 2011, apud SILVA, 2013), "por
falta de sistema de coleta mais adequado, é grande a variedade de produtos contendo substâncias
perigosas que podem ser encontradas no lixo domiciliar [...]".
A pequena solubilidade dos óleos vegetais na água constitui um fator negativo no que se refere à
sua degradação em unidade de tratamentos de despejos por processos biológicos e, quando presentes
em mananciais utilizados para abastecimento público, causam problemas no tratamento da água. A
presença deste material, além de acarretar problemas de origem estética, diminui a área de contato
entre a superfície da água e o ar atmosférico impedindo a transferência do oxigênio da atmosfera para
a água, além do que, os óleos e graxas, em seu processo de decomposição, reduzem o oxigênio dissolvido,
elevando a demanda bioquímica de oxigênio (DBO), causando alterações no ecossistema aquático
(DABDOUB, 2006 apud SILVA, 2013).
Apesar de pesquisas já terem demonstrado que um litro de óleo de cozinha que vai para o corpo
hídrico contamina cerca de um milhão de litros de água, equivalente ao consumo de uma pessoa em 14
anos, só agora os ambientalistas concordam que não existe um modelo de descarte ideal do produto,
mas sim, alternativas de reaproveitamento do óleo de fritura para a fabricação de biodiesel, sabão,
dentre outros (AMBIENTE EM FOCO, 2008; RABELO, 2008).
Para dar conta de tais problemas, há que se buscar alternativas tecnológicas e gerenciais de
controle e prevenção da poluição como, por exemplo, o reuso do óleo vegetal residual de fritura no
processo de saponificação. O sabão é um produto obtido a partir de uma hidrólise alcalina de uma
gordura de origem vegetal ou animal. Além dos saponáceos, como sabão em barra, detergente líquido e
sabão pastoso, o óleo vegetal residual pode ser matéria-prima para outros produtos, tais como:
biodiesel, óleo para engrenagens, glicerina automotiva, tintas, entre outros (NOGUEIRA & BEBER, 2009;
WILDNER & HILLIG, 2012 apud FILHO, 2014).
A Comissão de Gestão Ambiental da Universidade Federal da Paraíba foi criada em fevereiro de
2013, através da Portaria de número 427 R/GR e tem como objetivo auxiliar a Reitoria no diagnóstico e
formulação de estratégias de enfrentamento do passivo ambiental da Instituição, mediante a elaboração de programas de gestão ambiental. Dentro do Programa de Coleta Seletiva e Compostagem funciona a
Coleta do Óleo Residual de Frituras utilizado nas lanchonetes do campus I. Este óleo após usado é armazenado pelas lanchonetes e posteriormente coletado por uma empresa privada, devidamente
licenciada, para dar a destinação correta a esse resíduo. O objetivo desse trabalho é realizar um levantamento da gestão do óleo residual utilizado pelas lanchonetes do campus I e mensurar o conhecimento das pessoas que trabalham diretamente com esse insumo no que se refere às consequências que o despejo inadequado traz ao meio ambiente. |
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MAIA, Clauber Lucian da Silva; CARDOSO, Lucas Medeiros; MORAIS, Palloma Damascena; SOUSA, Samanta Cristina de; MORAIS JÚNIOR, Joácio de Araújo. Análise da gestão do óleo residual no Campus I da Universidade Federal da Paraíba. In: CIRNE, Luiza Eugênia da Mota Rocha et al. Campina Gestão integrada de resíduos: universidade e comunidade. Grande - PB: EPGRAF, 2018. v.2. (Coletânea de publicações do 8th International Symposium on Residue Management in Universities). ISBN: 978-85-60307-30-2. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33417 |
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