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O gerenciamento dos resíduos sólidos envolve um conjunto de atitudes que apresentam como
principal finalidade, a eliminação dos impactos ambientais negativos, associados à produção e à
destinação destes resíduos. Deve, pois, objetivar a sustentabilidade socioeconômica e ambiental dos
processos desde a sua geração até a disposição final de forma segura, considerando, para tanto, ações
como a reciclagem e reutilização de materiais, bem como mudanças nos padrões de consumo que
permitam reduções na geração (CONSONI et al., 2000, apud MESQUITA et al., 2011).
A gestão ambiental vem ganhando espaço crescente no meio empresarial. Dessa forma, o
desenvolvimento da consciência ecológica em diferentes camadas e setores da sociedade mundial acaba
por envolver também o setor da educação, a exemplo das Instituições de Ensino Superior. A exemplo
destas estão as Universidades que podem ser comparadas a pequenos núcleos urbanos capazes de
causar impactos significativos ao meio ambiente, uma vez que desenvolvem atividades de ensino,
pesquisa, extensão e atividades referentes à operação de restaurantes e centros de convivências que
produzem resíduos sólidos os quais englobam, além daqueles classificados com resíduos sólidos
urbanos, resíduos classificados como industriais e de saúde (FURIAM & GUNTHER, 2006; TAUCHEM &
BRANDLI, 2006).
No ambiente universitário, se os resíduos não forem bem gerenciados, podem ser
inadequadamente conduzidos para lixões, causando poluição tanto do solo quanto do lençol freático,
contaminando os cursos d'água, usados para captação de água para tratamento e posterior consumo
humano, existentes nas proximidades (PEREIRA NETO, 2007 apud MESQUITA et al., 2011).
Pesquisas apontam que um dos maiores geradores de resíduos sólidos dentro dessas instituições
são os Restaurantes Universitários (RU) que, no preparo de refeições, invariavelmente geram uma
quantidade significativa de resíduos sólidos, principalmente orgânicos, e se estes não forem gerenciados
adequadamente passam a contribuir no aumento de problemas ambientais. Esses resíduos são passíveis
de reaproveitamento como, alimentação animal ou incorporação ao solo como adubação orgânica, após
tratamento (VENZKE, 2001; SANCHES et al., 2016).
Para qualquer restaurante, seja universitário ou não, é necessário que haja o conhecimento do
quantitativo de alimentos que deverá ser oferecido à clientela na produção diária, para que não haja
apenas estimativas, o que provoca a falta ou o excesso de produção. Tal fato constitui uma forma de
minimizar a produção de alimentos, adequando-a corretamente, a fim de controlar os efeitos negativos
de seus resíduos sobre o meio ambiente (NETO et al., 2007).
Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo analisar o gerenciamento de resíduos sólidos
orgânicos produzidos pelo Restaurante Universitário da Universidade Federal de Campina Grande
(Campus I), de maneira a contribuir para futuras iniciativas que venham a promover melhorias no
sistema de gerenciamento de resíduos deste setor. |
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dc.identifier.citation |
ANJOS, Deborah Almeida dos; SOUSA, Márcia Cristina; MONTENEGRO, Emanuele; XAVIER, Bruna Kattielly Costa. Análise do gerenciamento de resíduos sólidos orgânicos no Restaurante Universitário da UFCG. In: CIRNE, Luiza Eugênia da Mota Rocha et al. Campina Gestão integrada de resíduos: universidade e comunidade. Grande - PB: EPGRAF, 2018. v.2. (Coletânea de publicações do 8th International Symposium on Residue Management in Universities). ISBN: 978-85-60307-30-2. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33422 |
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