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Os rápidos avanços na tecnologia revolucionaram os campos da informação e comunicação na
última década, como consequência, a geração de resíduos eletrônicos tende a aumentar, principalmente
como resultado do constante aumento no consumo e da redução do ciclo de vida desses equipamentos,
levando a problemas relacionados ao destino final destes (CECEREA, 2007).
Como forma de solucionar a forma de gerenciamento e manejo final destes resíduos, é crescente
a busca de rotas viáveis/ecológicas de reaproveitamento. Por se tratar de dejetos com uma ampla gama
de material e um grande potencial de aplicação, torna-se possível, reutiliza-los na confecção de
equipamentos analíticos para análise de diversas operações existentes na engenharia química e áreas
correlatas.
Dentre uma das principais operações existentes, destaca-se a adsorção, entendida como uma
operação unitária de separação e purificação bastante difundida nestes setores devido a sua
simplicidade e aplicabilidade. De forma geral, é um fenômeno de superfície no qual moléculas de um
soluto, presente em uma fase fluida, liquida ou gasosa, interagem com a superfície de um adsorvente
(LEVAN, 1997). Também pode ser entendida como etapas sucessivas de transferência de massa de um
soluto, do seio da solução, até os sítios ativos de um adsorvente, onde ocorre a adsorção (SCHMIDT-
TRAUB, 2005).
A fim de entender os fenômenos envolvidos no processo de adsorção é necessário conhecer a
cinética, que trata das taxas de mudanças da quantidade de soluto entre as fases ao logo do tempo, e a
isoterma, que é uma função que relaciona a quantidade de soluto da fase fluida e a quantidade de soluto
no adsorvente medida após o equilíbrio de adsorção (QIU et al., 2009).
Tanto os dados cinéticos, como os de equilíbrio são de grande importância para avaliar o
desempenho de um determinado adsorvente, seja na obtenção de informações acerca dos mecanismos
envolvidos, seja no projeto de equipamentos que tem a adsorção como etapa fundamental. No entanto,
para serem obtidas, são necessários o monitoramento e a quantificação da concentração do soluto até
que o equilíbrio de adsorção seja atingido, de forma batelada, ou de forma contínua. Para isso, a
aplicação de técnicas analíticas para quantificação desse soluto é fundamental. Dentre essas técnicas,
encontra-se a espectrofotometria de absorção molecular (EAM), que tem como fundamento a absorção
de luz visível pelas moléculas do soluto na fase líquida (VÉRAS NETO, 2008; HARRIS, 2005). Além disso,
uma gama de instrumentos analíticos pode ser usada para tal fim, embora possua, em sua maioria, um
custo elevado.
A fim de possibilitar a investigação de processos de adsorção de forma mais econômica, o presente
trabalho teve por objetivo desenvolver um dispositivo para determinação da concentração de azul de
metileno em linha, montado a partir de sucata eletrônica, que possa ser aplicado em ensaios de adsorção,
de análises desde a cinética até o equilíbrio. Além disso, o trabalho também visa desenvolver as leituras
de dados em modo batelada, o que torna o sistema de detecção eficaz e completo quando comparado
com outros disponíveis no mercado. |
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CONCEIÇÃO, Joélington do Carmo; SANTOS, Raphael Lima; SEVERO JÚNIOR, João Baptista; ARAÚJO, Paulo Cardozo Carvalho; GONÇALVES JÚNIOR, Degival Rodrigues. Aproveitamento de resíduos eletrônicos para construção de um fotômetro aplicado em processos de adsorção. In: CIRNE, Luiza Eugênia da Mota Rocha et al. Campina Gestão integrada de resíduos: universidade e comunidade. Grande - PB: EPGRAF, 2018. v.2. (Coletânea de publicações do 8th International Symposium on Residue Management in Universities). ISBN: 978-85-60307-30-2. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33428 |
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