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Com o desenvolvimento econômico, o crescimento populacional, a urbanização e a revolução
tecnológica vêm ocorrendo um aumento na produção de resíduos sólidos, tanto em quantidade como
em diversidade, principalmente nos grandes centros urbanos. Além do acréscimo na quantidade, os
resíduos produzidos atualmente passaram a abrigar em sua composição elementos sintéticos e
perigosos aos ecossistemas e à saúde humana (FERREIRA & ANJOS, 2001; VELLOSO, 1995).
O projeto de Política Nacional de Resíduos Sólidos, após 19 anos de tramitação, foi aprovado no
dia 10 de março de 2010 pela Câmara dos Deputados, porém no dia 2 de agosto de 2010 sob a lei 12.305
é instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), na qual surgiu com novas providências
alterando a lei 9.605/98 (REVISTA MEIO AMBIENTE INDUSTRIAL, 2010: 76). A lei demonstra entre seus
objetivos: a não geração, redução, reutilização e tratamento de resíduos sólidos, bem como também a
destinação final ambientalmente adequada dos rejeitos, redução do uso dos recursos naturais (água e
energia, por exemplo) no processo de produção de novos produtos, intensificar ações de educação
ambiental, aumentar a reciclagem no país, promover a inclusão social, a geração de emprego e renda de
catadores de materiais recicláveis (REVISTA SENAC e EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2009: 26).
O manejo adequado dos resíduos é uma importante estratégia de preservação do meio ambiente,
assim como de promoção e proteção da saúde. Uma vez acondicionados em aterros, os resíduos sólidos
podem comprometer a qualidade do solo, da água e do ar, por serem fontes de compostos orgânicos
voláteis, pesticidas, solventes e metais pesados, entre outros. (GIUSTI, 2009). De maneira geral, se pode
caracterizar o lixo como um indicativo do consumo humano, onde a dimensão produzida nivela índices
quantitativos e qualitativos ao que se está consumindo. Ou seja, o lixo que você produz, está interligado
naquilo que você consome.
Nesse contexto, Naime (2009) afirma que quanto aos termos lixo e resíduos sólidos urbanos
(RSUs), não é identificada uma diferença substancial entre eles, atualmente há uma compreensão que
os materiais separados, passíveis de reciclagem ou reaproveitamento recebem tratamento de resíduos
sólidos, enquanto os materiais misturados e acumulados têm mais uma conotação de lixo.
Contudo, a forma em que o ser humano percebe e interage com seu ambiente, um dos principais
diretrizes da raiz da problemática ambiental global, a educação ambiental ganha espaço como um
importante processo, no qual objetiva a solução da crise ambiental e a transformação de um ambiente
desequilibrado em um mundo mais justo, ético e solidário (RIBEIRO, 2009). Não obstante, o estudo de
percepção ambiental é de uma fundamental importância para a melhor compreensão das inter-relações
entre o ser humano e o meio ambiente, suas expectativas, anseios, satisfações e insatisfações,
julgamentos e condutas (FERNANDES et al., 2009). Já a vulnerabilidade pode ser definida, de acordo
com Blaikie (1996) como as características de uma pessoa ou grupo populacional, verificando seu ponto
de vista de sua capacidade de antecipar, sobreviver, resistir e recuperar-se de determinado impacto
social-ambiental-tecnológico.
Diante do exposto, o presente trabalho buscou avaliar a percepção socioambiental de estudantes
do curso Superior de Tecnologia em Agroecologia do CDSA/UFCG/Campus Sumé, em uma ótica sobre a problemática dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU's), além de quantificar e verificar os principais fatores
de vulnerabilidade no ambiente em que se encontram. |
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