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Dia de campo: compartilhando informações sobre vermicompostagem com os agricultores familiares.

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dc.description.resumo O aumento populacional está intrinsecamente ligado ao aumento do consumo de bens e serviços e da produção de resíduos sólidos (BOLOGNESI, 2012). Segundo Alves, (2017), a produção de lixo no Brasil, cresceu 21% nos últimos dez anos, o dobro do aumento da população, que foi de 9,65%. A ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais informou em pesquisa realizada em 2013, que a geração de resíduos sólidos urbanos (RSU) superou 76 milhões de toneladas naquele período (ABRELPE, 2014). Quando descartados ou dispostos de maneira inadequada, os RSU podem provocar expressivos impactos ambientais, sociais e econômicos, sendo este o ponto mais deficiente no sistema de gestão de resíduos brasileiro (GONÇALVES, 2016). A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (BRASIL, 2010). Disseminar ações sustentáveis para minimizar as consequências das posturas e atividades lesivas ao meio ambiente é imprescindível para a construção de uma sociedade justa, saudável, igualitária e equilibrada. Do cuidado com os recursos naturais resulta a segurança alimentar e a qualidade de vida das populações. Estes temas fizeram emergir os postulados da Agroecologia, definida por Caporal e Costabeber (2004) como as bases científicas e metodológicas para a promoção de estilos de agriculturas sustentáveis. Produção de alimentos de qualidade só existe em solos férteis e com saúde, lembra Primavesi (1990), assim é necessário trabalhar enfatizando as interações ecológicas entre os componentes dos agroecossistemas, de maneira a promover a fertilidade do solo, a produtividade e a proteção das culturas, como afirma Altieri (2002). Em função dos danos causados ao solo como consequência dos usos dos fertilizantes, queimadas e agrotóxicos, é urgente trabalhar práticas que primem pelo aporte de matéria orgânica ao solo, principalmente com a compostagem e a vermicompostagem, até que o equilíbrio se restabeleça. Embora sejam práticas aparentemente simples, ainda não são difundidas entre os agricultores familiares. A vermicompostagem é uma tecnologia simples de compostagem na qual se utiliza o processo digestivo das minhocas para digerir a matéria orgânica, provocando sua degradação (KIEHL, 2004). O vermicomposto é um "fertilizante orgânico" nutritivo rico em N-K-P (N-2-3%, K-1,85-2,25% e P-1,55- 2,25%), micronutrientes, microorganismos benéficos ao solo como bactérias fixadoras de nitrogênio e fungos micorrízicos é cientificamente provado como "promotores de crescimento milagroso e protetores" (SINHA et al., 2009). O composto formado nesse processo traz benefícios para o solo, pois é um material rico em matéria orgânica, e a sua composição possui nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento adequado de plantas (CEMPRE, 2012). Além disso (AGARVAl et al., 2010), destacam que a aplicação de vermicomposto reduz o uso de agrotóxicos e o custo com o uso de fertilizantes químicos, práticas não adotadas na agricultura sustentável. Estudos também indicam que o uso de húmus de minhoca reduz o uso e os custos de água para irrigação, pois o vermicomposto é capaz de reter mais umidade do solo, reduzindo assim a demanda de água para irrigação em quase 30% a 40% (SINHA, 2008). São passíveis de tratamento pela vermicompostagem os resíduos orgânicos biodegradáveis como restos de alimentos de origem vegetal; resíduos vegetais de podas e serviços de jardinagem, estercos de animais e outros resíduos urbanos biodegradáveis, como borra de café e casca de ovo, todavia, a utilização de esterco bovino é mais disseminada, por ser um resíduo abundante e facilmente encontrado (HECK et al., 2013). Além de produzir o húmus, a minhoca também é utilizada como complemento no arraçoamento animal e como iscas para pesca desportiva (REIS, 2005; OLIVEIRA et al., 2013). Essa estratégia sempre foi divulgada como sendo uma atividade de fácil execução, de baixo custo de produção e de retorno financeiro garantido, mas é fundamental que se atente para algumas importantes orientações. Para que o produto tenha um bom valor de mercado é necessária dedicação ao trabalho para obtenção de um produto final de qualidade. O estabelecimento de um sistema de gestão de resíduos por vermicompostagem e da atividade de minhocultura envolve uma diversidade de aspectos, como a presença de recursos humanos, equipamento adequados e infraestrutura (LOURENÇO & COELHO, 2010). É importante considerar a necessidade da socialização de saberes com o povo do campo. Nos últimos anos, muito tem se discutido sobre o caráter e papel da extensão universitária, que, conforme definição da própria legislação brasileira seria um dos três componentes básicos da Universidade (SILVA, 2006; RODRIGUES et al., 2015). A extensão rural tem um papel fundamental na formação de estudante em cursos técnicos ou graduação promovendo um contato direto com o meio externo, onde é oportunizada a interação com os agricultores, socializando práticas e experiências aprendidas em sala de aula. A extensão pode ser definida como o processo educativo, cultural e científico que articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre Universidade e Sociedade (PEIXOTO, 2008). O trabalho apresenta resultados da intervivência num dia de campo, como atividade extensionista, para socialização de informações sobre atividades conservacionistas para gestão dos resíduos sólidos nos agroecossistemas familiares, manejo sustentável do solo e produção de alimentos de qualidade. pt_BR
dc.publisher.country Brasil pt_BR
dc.publisher.initials UFCG pt_BR
dc.subject.cnpq Ecologia. pt_BR
dc.citation.issue 8 pt_BR
dc.title Dia de campo: compartilhando informações sobre vermicompostagem com os agricultores familiares. pt_BR
dc.date.issued 2018
dc.identifier.uri http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33598
dc.date.accessioned 2023-12-14T18:53:27Z
dc.date.available 2023-12-14
dc.date.available 2023-12-14T18:53:27Z
dc.type Artigo de Evento pt_BR
dc.subject Agricultores familiares pt_BR
dc.subject Vermicompostagem pt_BR
dc.subject Extensão rural pt_BR
dc.subject Serra Branca - PB - dia de campo pt_BR
dc.subject Dia de campo - Serra Branca - PB pt_BR
dc.subject Extensão universitária - CDSA pt_BR
dc.subject Family farmers pt_BR
dc.subject Vermicomposting pt_BR
dc.subject Rural extension pt_BR
dc.subject Serra Branca - PB - field day pt_BR
dc.subject Field day - Serra Branca - PB pt_BR
dc.subject University extension - CDSA pt_BR
dc.rights Acesso Aberto pt_BR
dc.creator BATISTA, Regiane Farias.
dc.creator FARIAS, José Ray.
dc.creator RAMOS, Darlan.
dc.creator SANTOS, Rivaldo Vital dos.
dc.creator VITAL, Adriana de Fátima Meira.
dc.publisher Universidade Federal de Campina Grande pt_BR
dc.language por pt_BR
dc.title.alternative Field day: sharing information about vermicomposting with family farmers. pt_BR
dc.identifier.citation BATISTA, Regiane; FARIAS, José Ray; RAMOS, Darlan; SANTOS, Rivaldo; VITAL, Adriana de Fátima Meira. Dia de campo: compartilhando informações sobre vermicompostagem com os agricultores familiares. In: CIRNE, Luiza Eugênia da Mota Rocha et al. Campina Gestão integrada de resíduos: universidade e comunidade. Grande - PB: EPGRAF, 2018. v.3. (Coletânea de publicações do 8th International Symposium on Residue Management in Universities). ISBN: 978-85-60307-31-9. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33598 pt_BR


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