dc.description.resumo |
Os medicamentos são produtos que fazem parte da vida cotidiana, e com o desenvolvimento da
indústria farmacêutica, o consumo da população tem crescido. O Brasil está entre os dez no ranking
mundial do mercado farmacêutico, e estima-se que um percentual considerável destes é descartado a
cada ano. Este dado é bastante preocupante, porque a forma de descarte mais utilizada pela população
é a rede de esgotamento sanitário ou o lixo comum, produzindo passivos ambientais capazes de colocar
em risco o meio ambiente e a saúde pública. O elevado índice de medicamentos descartados pode estar
relacionado a uma série de fatores, como a interrupção ou abandono do tratamento pelo paciente,
distribuição de amostras grátis indiscriminada, impossibilidade de o consumidor comprar
medicamentos na quantidade exata para o tratamento prescrito, entre outros (FALQUETO et al., 2013;
SILVA et al., 2015).
Embora a responsabilidade direta pelos resíduos de medicamentos seja dos estabelecimentos
geradores, ela se estende a outros atores incluindo o poder público. Particularmente, as instituições de
ensino têm importante papel relacionado à educação ambiental, pois é uma fonte de pesquisa e
informação, permitindo também que o Poder Público melhore sua capacidade de fiscalizar e
regulamentar as atividades relacionadas. Tem ainda, a grande função de serem multiplicadoras do
conhecimento e alicerces para a conscientização da população (FALQUETO, 2009).
O impacto ambiental que estes resíduos podem causar depende principalmente da atividade
biológica e/ou reatividade química apresentada pelo(s) seu(s) componente(s) químico(s). Aqueles que
apresentam periculosidade são classificados como resíduos químicos perigosos, e a recomendação para
eles é que sejam incinerados ou dispostos em aterros para produtos perigosos classe I. A disposição
inadequada dos medicamentos constitui uma fonte de contaminação ambiental não desprezível, tendo
como consequência à poluição do solo e das águas. O resíduo farmacêutico também dependendo de sua
composição pode ser de difícil decomposição, e lixiviar no chão alcançando as estações de tratamento
de águas residuais (ETARs) e de esgotos (ETEs), contaminando o solo e os corpos hídricos. A ocorrência
de fármacos residuais e seus metabólitos no esgoto doméstico e águas naturais tem sido demonstrada
em estudos feitos em diversos países, e pouco se conhece sobre as rotas dos fármacos no meio ambiente,
e estes micropoluentes tem elevada tendência à bioacumulação consistindo-se numa ameaça à saúde
humana e do ecossistema (BILA et al., 2003; ABDI, 2013).
O estabelecimento de um programa adequado de descarte de medicamentos integra a agenda
regulatória da ANVISA desde 2008, tornando-se um tema estratégico a partir de 2010, com a
promulgação da Lei nº 12.305 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), mas ainda
falta um acordo setorial para a logística reversa da cadeia de medicamentos (ABDI, 2013). Enquanto não
ocorre, algumas iniciativas da sociedade tentam soluções para o problema, sendo que uma das
ferramentas mais eficazes são campanhas de coleta de medicamentos e de conscientização da população
quanto ao uso racional e o descarte correto dos medicamentos. Estas têm sido bem-sucedidas ao
contribuir para a disposição final ambientalmente adequada, minimizando o risco ao meio ambiente e à
saúde pública. Existe, portanto, a necessidade premente de disponibilizar meios de informação e
alternativas para a coleta e o descarte correto dos medicamentos domiciliares para a população.
As Instituições de Ensino têm um importante papel neste cenário como fonte de pesquisa e
informação, contribuindo para a conscientização da comunidade e dando subsídios para o Estado no
desenvolvimento de políticas públicas. Além disto, a universidade pela responsabilidade social precisa |
pt_BR |
dc.publisher.country |
Brasil |
pt_BR |
dc.publisher.initials |
UFCG |
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dc.subject.cnpq |
Ecologia. |
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dc.citation.issue |
8 |
pt_BR |
dc.title |
Retorno sustentável de medicamentos. |
pt_BR |
dc.date.issued |
2018 |
|
dc.identifier.uri |
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33682 |
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dc.date.accessioned |
2023-12-18T19:53:53Z |
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dc.date.available |
2023-12-18 |
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dc.date.available |
2023-12-18T19:53:53Z |
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dc.type |
Artigo de Evento |
pt_BR |
dc.subject |
Medicamentos - retorno sustentável |
pt_BR |
dc.subject |
Descarte de medicamentos |
pt_BR |
dc.subject |
Logística reversa- medicamentos |
pt_BR |
dc.subject |
Resíduos de medicamentos |
pt_BR |
dc.subject |
Medicamentos - retorno sustentável |
pt_BR |
dc.subject |
Faculdade de Farmácia - UFMG |
pt_BR |
dc.subject |
Campanha de Retorno Sustentável de Medicamentos - UFMG |
pt_BR |
dc.subject |
Medicines - sustainable return |
pt_BR |
dc.subject |
Medication disposal |
pt_BR |
dc.subject |
Reverse logistics - medicines |
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dc.subject |
Medicine residues |
pt_BR |
dc.subject |
Medicines - sustainable return |
pt_BR |
dc.subject |
Faculty of Pharmacy - UFMG |
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dc.subject |
Sustainable Medicine Return Campaign - UFMG |
pt_BR |
dc.rights |
Acesso Aberto |
pt_BR |
dc.creator |
SILVA, Adriana. |
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dc.creator |
ANDRÉ, Leiliane. |
|
dc.creator |
SILVEIRA, Michelline. |
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dc.publisher |
Universidade Federal de Campina Grande |
pt_BR |
dc.language |
por |
pt_BR |
dc.title.alternative |
Sustainable return of medicines. |
pt_BR |
dc.identifier.citation |
SILVA, Adriana; ANDRÉ, Leiliane; SILVEIRA, Michelline. Retorno sustentável de medicamentos. In: CIRNE, Luiza Eugênia da Mota Rocha et al. Campina Gestão integrada de resíduos: universidade e comunidade. Grande - PB: EPGRAF, 2018. v.2. (Coletânea de publicações do 8th International Symposium on Residue Management in Universities). ISBN: 978-85-60307-30-2. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33682 |
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