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Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística o Brasil segue como o terceiro
maior produtor de frutas do mundo, com uma produção estimada em 44 milhões de toneladas para este
ano de 2017, permanecendo atrás apenas da China e da Índia (IBGE, 2016).
As frutas são extremamente perecíveis e com vistas em seu consumo por períodos que vão além
da safra, é que mais da metade dessa produção é processada e transformada em subprodutos como
sucos, néctares, polpas, geleias e doces (INFANTE et al., 2013; ABUD & NARAIN, 2009; UCHOA et al.,
2008). Durante o beneficiamento das frutas, na etapa de extração da polpa, é gerado um rejeito que não
é aproveitado pelas agroindústrias como um subproduto, chamado de resíduo, constituído
principalmente pelo bagaço, cascas e sementes das frutas, que quando dispostos de maneira incorreta
no meio ambiente, depreciam os solos e contaminam os lençóis freáticos (PERAZZINI, 2010).
Os resíduos agroindustriais são fontes naturais de diversos nutrientes, segundo Gomes (2004) a
casca do maracujá (parte branca), por exemplo, é rica em pectina, vitamina B3, ferro, cálcio, e fósforo,
além de ser rica em fibra do tipo solúvel (pectinase mucilagens), que são benéficas ao ser humano.
Sabendo disso ao longo dos últimos anos inúmeras pesquisas já vêm sendo desenvolvidas com a
finalidade de utilizar diferentes processos tecnológicos no reaproveitamento de tais materiais. O uso de
processos biotecnológicos para este fim vem recebendo crescente atenção, uma vez que esses materiais
representam recursos possíveis e utilizáveis para a síntese de novos produtos úteis. Nesse contexto, a
fermentação em estado sólido (FES) desempenha um papel de destaque no aproveitamento dos
resíduos provenientes das agroindústrias, pois, através do crescimento microbiano, diversos compostos
são sintetizados, dos quais muitos apresentam grande interesse para segmentos industriais, além de
elevado valor agregado. A FES pode ser aplicada para produção de alimentos, biopesticidas, e
substâncias químicas diversas (DANTAS & AQUINO, 2010).
Desse modo este trabalho tem como objetivo avaliar a potencialidade físico-química dos resíduos
agroindústrias de caju, goiaba e maracujá para utilizá-los como substrato em processos biotecnológicos
tais como na fermentação em estado sólido (FES). |
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dc.identifier.citation |
MUNIZ, Cecília E. S.; ABREU, Patrícia M. S.; SANTIAGO, ngela Maria; CONRADO, Líbia S. O.; NASCIMENTO, José Alison R. Avaliação da potencialidade de resíduos agroindustriais para serem utilizados em processos biotecnológicos. In: CIRNE, Luiza Eugênia da Mota Rocha et al. Campina Gestão integrada de resíduos: universidade e comunidade. Grande - PB: EPGRAF, 2018. v.4. (Coletânea de publicações do 8th International Symposium on Residue Management in Universities). ISBN: 978-85-60307-32-6. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33712 |
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