dc.description.resumo |
No ano de 2015 o Brasil gerou em torno de 79,9 milhões de toneladas de resíduos sólidos, sendo
coletados 90,8% desse total, enquanto na região nordeste esse índice cai para 78,6%, (ABRELPE, 2015),
ou seja, são milhões de toneladas de resíduos sem coleta e sem disposição final correta.
Lopes (2003) descreve gestão dos resíduos sólidos como normas e leis pertinentes e definem
gerenciamento como ações de operações relacionadas aos resíduos, desde sua coleta até a disposição
final.
A Política Nacional de Gestão de Resíduos Sólidos (PNRS) é uma lei recente e bastante avançada,
que apresenta instrumentos importantes para o enfrentamento dos principais problemas
socioambientais, decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos, dentre eles a pesquisa
científica e tecnológica e a educação ambiental (BRASIL, 2010). A responsabilidade compartilhada está
definida nessa lei como a ação de diversos atores sociais, diante do ciclo de vida dos produtos, com a
finalidade de reduzir o volume minimizar os impactos à saúde e ao ambiente. A compostagem surge
então como técnica de reaproveitamento de rejeitos e consequente redução do volume atendendo as
exigências da lei.
A educação ambiental é aqui entendida como uma prática pedagógica emancipatória e crítica,
capaz de produzir valores sustentáveis, a partir do questionamento os padrões e comportamentos
estabelecidos, construindo um novo repertório de modos de ser, compreender a e agir, favorecendo a
construção de um sujeito ecológico (GUIMARÃES, 1995; LOUREIRO, 2006; CARVALHO, 2012).
O reaproveitamento ou a reciclagem de resíduos são conceitos e práticas que devem ser
incorporadas às atividades humanas. A compostagem é considerada como um procedimento onde
restos orgânicos resultam em adubo. Ela pode acontecer através apenas dos microrganismos, ou em
simbiose entre as minhocas e microrganismos, chamada de vermicompostagem (AQUINO et al., 1992;
EDWADS et al., 1998; COUTO et al., 2008). Para Morales et al. (2017) a compostagem pode ser uma
prática de valorização dos resíduos sólidos orgânicos sendo a essência da educação ambiental.
As universidades, enquanto centro de produção de conhecimento tem se preocupado em gerir
adequadamente seus resíduos, embora a gestão seja complexa, necessitando, segundo Conto (2012), de
enorme gasto de energia e de ação interativa da comunidade universitária. A ambientalização curricular
na educação superior é uma ideia nova e inovadora que tem como objetivo atrelar a sustentabilidade às
atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão universitária (FIGUEREDO et al., 2017), cultivando
valores ambientais e princípios éticos, tonando as universidades "espaços educadores sustentáveis"
(TRAJBER & SATO, 2001 apud FIGUEREDO et al., 2017).
O presente estudo tem o objetivo de descrever e analisar uma experiência na gestão de resíduos
sólidos orgânicos entrelaçada com a educação ambiental, através da vermicompostagem, desenvolvida
no (orto Florestal Olho D'Água da Bica (HFODB), Centro de Educação e Saúde (CES), Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG), campus Cuité. |
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dc.identifier.citation |
OLIVEIRA, Alderisvânia Santos; OLIVEIRA, Antônio Kydelmir Dantas de; SILVA, Ana Maria da; SILVA, Viviane Farias; LINHEIRA, Caroline Zabendzala. Compostagem: gestão dos resíduos orgânicos e educação ambiental no CES/UFCG. In: CIRNE, Luiza Eugênia da Mota Rocha et al. Campina Gestão integrada de resíduos: universidade e comunidade. Grande - PB: EPGRAF, 2018. v.4. (Coletânea de publicações do 8th International Symposium on Residue Management in Universities). ISBN: 978-85-60307-32-6. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/33727 |
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