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Hoje, somos mais de sete bilhões de pessoas que exploram, caçam, desmatam, consomem e
poluem. O ritmo de produção vem crescendo cada vez mais e, em paralelo, uma grande demanda na
produção de energia elétrica. Os resultados desse sistema são os problemas ambientais que tomam
proporções cada vez maiores.
Uma das questões vistas diariamente nos telejornais é acerca da eficiência energética. Precisa-se
de energia elétrica em tudo que fazemos no nosso cotidiano, para produzir alimentos, utensílios
domésticos, nas residências, toda tecnologias utilizada atualmente só funcionam por meio da energia e
a sociedade moderna cada vez mais depende de energia para manter o conforto mínimo e, para a
manutenção da vida, ou seja, a energia elétrica tem um papel fundamental na manutenção da economia
mundial, pois quanto maior for o desenvolvimento dos países maior será a produção e o consumo de
energia.
De acordo com a Revista Interesse Nacional (2013), a energia elétrica no Brasil, "[...] apresenta
neste início da década 2010/2020, uma matriz de oferta com alta presença de fontes renováveis, acima
de 85%, o que contrasta com a média mundial, de apenas 19%", destes 85%, mais de 70% são
representados por hidroelétricas. Todavia, com a atual crise hídrica que o Brasil vem passando, torna-
se urgente a preocupação com o sistema de produção atual, visto que, a ausência de chuvas é o primeiro
sinal de ativação das termoelétricas".
As fontes renováveis de energia, também conhecidas como energias verdes, são caracterizadas
por não possuírem um limite de tempo para a sua utilização. Além das águas, de acordo com Salomon e
Lora (2005), o Brasil tem um forte potencial de geração de energia renováveis através do biogás gerado
pelo processo de biodegradação dos resíduos sólidos urbanos (RSU) e outras biomassas.
Nas algumas décadas, os resíduos sólidos urbanos passaram de potencial problema ambiental
para uma alternativa viável de produção de energia. Este fato se consolidou, principalmente, após a
ratificação do protocolo de Kyoto, que, segundo Rocha (2003), através da elaboração de um documento
em que os 20 países industrializados mais poluidores se comprometeram, em primeiro momento, a
reduzir seus níveis de emissão de Gases do Efeito Estufa em 5,2%, em média em relação aos níveis de
emissão observados em 1990, no período entre 2008 e 2012.
Realização de eventos ambientais e a criação de políticas ambientais visão mitigar os impactos
ambientais e agregar valor ao que era poluidor, podendo gerar energia limpa.
O percentual de resíduos sólidos urbanos descartados no Brasil é bem elevado, os números
referentes à geração de RSU, em 2016, revelam um total de quase 78,3 milhões de toneladas no país
(ABRELPE, 2016). A produção de biogás e chorume, produtos do processo de biodegradação e
poluentes, exigem um cuidado especial, adequado, em seu tratamento e disposição final. Os aterros
sanitários são, atualmente, as únicas formas de disposição final mais relevante no Brasil, e seguem a
determinação da Lei n° 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Para Salomon e Lora (2005), o aproveitamento do biogás gerado em aterros de RSU para a geração
de energia elétrica representa um grande avanço para a sociedade como um todo, pois diminui a
liberação na atmosfera de gases do efeito estufa, serve como fonte de renda para o aterro e proporciona
uma diminuição da utilização dos recursos naturais não renováveis.
Assim, este trabalho propõe-se a relatar a partir das políticas ambientais e da legislação brasileira
como pode ser utilizado o biogás, fonte de energia renovável, na produção de energia elétrica no Brasil. |
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