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As questões ambientais que se mostram tão presentes são suscitadas pelas
conseqüências das ações humanas no meio. Ainda que o ambiente em questão seja
o urbano, as mudanças, usos e abusos do homem têm o poder de alterar o todo, e
isto foi percebido mais vigorosamente a partir da década de 1960, momento no
qual o planeta sofre com alguns desastres ambientais, assim como a queda na
qualidade de vida, suscitada principalmente com a obra Silent Spring (Primavera
Silenciosa) publicada em 1962 e de autoria da jornalista e bióloga Rachel Carson
que chamava atenção para o uso excessivo de produtos químicos e sua repercussão
diretamente na natureza (RUY, 2004). Tudo isso deu início a uma mobilização
geral sentida tanto no âmbito político quanto social. Na década seguinte, tomamos
conhecimento de encontros a níveis internacionais que objetivavam discutir as
questões ambientais mais detidamente. Percebemos isto com a Conferência de
Estocolmo (1972), onde foi apontada pela primeira vez que uma educação
ambiental seria uma estratégia eficaz para o uso consciente e equilibrado do meio.
Em 1975, com a Carta de Belgrado que preconizou as fundamentações para um
programa mundial de educação ambiental, e dois anos mais tarde com a
Conferência de Tbilisi que chamou atenção para o uso que o homem fez da
natureza anteriormente que levou a um desequilíbrio, apenas para mencionar
alguns deles (RUY, 2004). Os movimentos em torno do meio ambiente não
estacionaram, pelo contrário, nos anos que se seguiram muito foi debatido a
respeito, mas parece-nos que nem tudo que foi discutido foi posto em prática, visto
que os problemas ambientais têm se agravado, revelando-nos que ainda há muito
que se trabalhar em termos de conscientização. Tendo consciência da importância
sem precedentes das questões ambientais, especialmente no contexto de nossa
contemporaneidade, e nos atentando para o fato de que enfrentamos sérios
problemas com a educação ambiental devido principalmente a não efetivação das
políticas públicas educacionais, buscamos refletir em como é possível aliar o
ensino da história à educação ambiental, uma vez que a última permite os mais
variados diálogos por sua essência interdisciplinar. Com base nisso, procuramos desenvolver o presente artigo em torno de como é possível aliar a educação
ambiental ao ensino da história, e, partindo da hipótese de que ao abordar uma
história ambiental somada à interdisciplinaridade que uma educação ambiental
exige, objetivamos, por meio de uma pesquisa dedutiva, mostrar que é possível e
viável a adoção da educação ambiental na história que é ensinada nas escolas, e
mais, que a preparação de professores e educadores para o mesmo não é
impossível. Destacaremos aqui a proposta do MEC com seus Parâmetros
Curriculares Nacionais, no que diz respeito à nossa temática, trazendo
apontamentos de como o mesmo vê e sugere ao professor que adote a educação
ambiental nas escolas públicas, assim como os resultados de outras pesquisas e
conclusões as quais tivemos acesso por meio de artigos e livros. |
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dc.identifier.citation |
SOUTO, Gabriela Barbosa de; COSTA, Raíssa Barbosa da; AGUIAR, José Otávio. Por uma história socioambiental: novos olhares e novas abordagens para uma educação ambiental no ensino da História. In: II Colóquio Internacional de História: fontes históricas, ensino e história da educação. GT 02: Natureza, Ensino de História e Educação: possibilidades de leitura nos domínios de Clio. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 2º, 2010. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2010. p. 150-157. ISSN: 2179 2011. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34007 |
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