dc.description.resumo |
Muito tem se produzido acerca da Educação, se analisam metodologias, problemas, história. Mas poucos são os estudos que repensam a educação a partir de uma vertente de higienização e medicalização do espaço escolar. A prática higiênica escolar não se fez meramente à luz de uma ciência desinteressada e no exclusivo interesse da população que passava pelas escolas, já que a necessidade de atender a condições apropriadas ao desenvolvimento das crianças tinha igualmente em vista justificar a intervenção de vários profissionais que dirigiam orientações e regulamentações às escolas, dentre esses profissionais, o próprio médico. A interrogação sobre a produção social da escola e o lugar a ela conferido na construção de uma ordem civilizada, nos levou a investigar os preceitos médicohigienistas na configuração do padrão moderno de escola. Médicos dos anos oitocentos, no seu sonho de promoverem uma educação que integrasse o físico, o moral e o intelectual, prevenção, a correção e a cura constituíram a base dos argumentos que buscavam criar e impor uma disciplina para a intervenção no corpo. Para medicalizar a sociedade, o caminho pautava-se pela medicalização da educação escolar. No extenso programa de regras para o funcionamento dos colégios, compõem o modelo médico-higiênico francês: Michel Levy e Becquerel. A higiene tornou-se a “arte de civilizar”. Em meio a um conjunto de práticas que o aluno deveria vivenciar cotidianamente estava: a revista do asseio do corpo e das roupas; a revista da escola pelos alunos, num exercício que, aproximando-os das práticas desenvolvidas pelos inspetores sanitários, fazendo com que os alunos praticassem a vigilância sobre o próprio ambiente doméstico. A aquisição dos bons hábitos configurava-se, desse modo, numa obra de disciplinamento, por intermédio do qual se buscava modelar os mínimos gestos da criança, tornando-os automáticos, quase naturais. A higiene no currículo seria um meio de inculcar novos hábitos e costumes à classe escolar e, no plano mais amplo, seria um meio de disseminar determinados valores para um país que alterava suas formas de sociabilidade. |
pt_BR |
dc.publisher.country |
Brasil |
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dc.publisher.initials |
UFCG |
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dc.subject.cnpq |
História. |
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dc.citation.issue |
2 |
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dc.title |
Higienização e medicalização no espaço escolar. |
pt_BR |
dc.date.issued |
2010 |
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dc.identifier.uri |
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34178 |
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dc.date.accessioned |
2024-01-29T20:20:57Z |
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dc.date.available |
2024-01-29 |
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dc.date.available |
2024-01-29T20:20:57Z |
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dc.type |
Artigo de Evento |
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dc.subject |
Higienização - espaço escolar |
pt_BR |
dc.subject |
Medicalização - espaço escolar |
pt_BR |
dc.subject |
Educação e saúde |
pt_BR |
dc.subject |
Prática higiênica escolar |
pt_BR |
dc.subject |
Higienismo |
pt_BR |
dc.subject |
Discurso médico higienista |
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dc.subject |
Higiene e civilização |
pt_BR |
dc.subject |
Hygiene - school space |
pt_BR |
dc.subject |
Medicalization - school space |
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dc.subject |
Education and health |
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dc.subject |
School hygiene practice |
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dc.subject |
Hygiene |
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dc.subject |
Hygienist medical speech |
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dc.subject |
Hygiene and civilization |
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dc.rights |
Acesso Aberto |
pt_BR |
dc.creator |
FARIAS, Rosineide Alves de. |
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dc.creator |
FONTES, Welton Souto. |
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dc.publisher |
Universidade Federal de Campina Grande |
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dc.language |
por |
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dc.title.alternative |
Hygiene and medicalization in the school space. |
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dc.identifier.citation |
FARIAS, Rosineide Alves de; FONTES, Welton Souto. Higienização e medicalização no espaço escolar. In: II Colóquio Internacional de História: fontes históricas, ensino e história da educação. GT 09: Práticas e saberes médicos na América Latina: fontes, história e educação. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 2º, 2010. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2010. p. 1455-1465. ISSN: 2179 2010. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34178 |
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