dc.description.resumo |
Considera uma pesquisa realizada sobre e no processo de estágio, em que alunosestagiários do curso de História trabalharam com alunos do Ensino Médio de uma escola pública. A partir de uma metodologia próxima ao do tipo etnográfico, incluindo questionários, entrevistas e pesquisa de campo, entendeu-se que os estagiários planejavam sua atuação em sala de aula, no que diz respeito tanto à seleção dos conteúdos históricos como das metodologias didático-pedagógicas, a partir de ideias preconcebidas sobre quem são, o que pensam e o que fazem os jovens alunos do Ensino Médio. Os estagiários são compelidos a retomar suas perspectivas a partir da experiência direta com este “Outro”, então cristalizado no discurso como “adolescente”. Existe uma representação recorrente, emprestada de determinado discurso das ciências médicas e psicopedagógicas e bastante disseminada, de que o “adolescente” seria um “ser problemático”, constantemente em “crise identitária”, o que interferia no modo dos futuros professores de história pensar o público com o qual teriam que desenvolver o estágio. O aluno do Ensino Médio, o chamado “adolescente”, era visto pelos estagiários como: desinteressado da escola e, principalmente, da aprendizagem da história; ou muito indisciplinado ou muito isolado; ou hiperativo, ou distraído demais; de saberes superficiais porque fragmentados; consumistas; manipulados pelas mensagens midiáticas, etc. A aproximação com o universo sócio-cultural dos alunos do Ensino Médio, levou os estagiários ao questionamento e desconstrução da noção de uma identidade do “adolescente” definitiva e universal, portanto, anistórica. Desnaturalizar o “adolescente” significou para estes professores de história em formação, (re)pensar as próprias representações e experiências com o “Outro”, no caso, alunos do Ensino Médio, retomando aportes teóricos e procedimentos metodológicos próprios do profissional da história. Concluiu-se que as práticas de estágio precisam ser construídas na relação entre alteridade (compreender os alunos do Ensino Médio em sua cultura e/ou contextualização histórica) e identidade (compreender-se como professor-pesquisador no campo da história e perceber a construção identitária, seja do aluno, seja do professor, como um movimento permeado por tensões, complexidades e articulações), bem como, na relação entre teoria (compreender como as representações sobre o “adolescente” foram estabelecidas historicamente) e prática (compreender o ensino de história não apenas como “transposição didática” do saber histórico acadêmico à revelia do universo sócio-cultural dos aprendizes). |
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dc.publisher.country |
Brasil |
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dc.publisher.initials |
UFCG |
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dc.subject.cnpq |
História. |
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dc.citation.issue |
2 |
pt_BR |
dc.title |
Práticas, representações e (re)elaborações construídas em relação ao aluno “adolescente” no estágio de licenciatura em história. |
pt_BR |
dc.date.issued |
2010 |
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dc.identifier.uri |
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34327 |
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dc.date.accessioned |
2024-02-05T19:27:53Z |
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dc.date.available |
2024-02-05 |
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dc.date.available |
2024-02-05T19:27:53Z |
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dc.type |
Artigo de Evento |
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dc.subject |
Estágio supervisionado - História |
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dc.subject |
Licenciatura em História - estágio |
pt_BR |
dc.subject |
Formação docente - História |
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dc.subject |
Ensino de História - Ensino Médio |
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dc.subject |
Adolescentes e Ensino Médio |
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dc.subject |
Supervised internship - History |
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dc.subject |
Degree in History - internship |
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dc.subject |
Teacher training - History |
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dc.subject |
Teaching History - High School |
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dc.subject |
Teenagers and High School |
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dc.rights |
Acesso Aberto |
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dc.creator |
RAMOS, Márcia Elisa Teté. |
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dc.publisher |
Universidade Federal de Campina Grande |
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dc.language |
por |
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dc.title.alternative |
Practices, representations and (re)elaborations constructed in relation to the “adolescent” student in the history degree internship. |
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dc.identifier.citation |
RAMOS, Márcia Elisa Teté. Práticas, representações e (re)elaborações construídas em relação ao aluno “adolescente” no estágio de licenciatura em história. In: II Colóquio Internacional de História: fontes históricas, ensino e história da educação. GT 18: Identidade e alteridade: sensibilidades e subjetividades no ensino e na pesquisa histórica. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 2º, 2010. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2010. p. 2431-2441. ISSN: 2179 2010. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34327 |
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