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Há muito tempo a beleza vem sendo estimada pelas mulheres. A busca pela perfeição e a camuflagem das ditas “imperfeições” são temas que durante vários séculos foram abordados com o intuito de definir e aperfeiçoar o belo, porém nem sempre o corpo foi concebido como principal elemento da beleza. No século XVI, a beleza voltava-se paras as ditas “partes altas”, o que Vigarello (2006) destaca sendo pertencentes a tais “partes” o rosto, os olhos, boca, bochechas, nariz, busto, seios, mãos e braços. Para a valorização e destaque desses elementos, a vestimenta feminina realçava ainda mais essa beleza, pois as saias eram longas e volumosas dando destaque ao alto, a saia era como “pedestal do busto” (VIGARELLO, 2006, p.18). Destaca-se também como belo um corpo volumoso: as mulheres cheinhas representavam a sensualidade e beleza dessa época. No entanto, vale ressaltar que a busca pela beleza não é atrelada à sensação de bem estar, mas para conceder o prazer do exibicionismo ao outro. Este é o alvo. Percebe-se então que, desde então, a beleza é produzida para agradar os olhos de quem a vê, por mais que seu alcance seja ardiloso, doloroso e por vezes cruel. Inúmeras mulheres tinham seus órgãos internos estrangulados devido ao uso do espartilho, este que desaparece por indicações médicas e retorna no século XIX “para dar respaldo à moda ‘Império”. (DEL PRIORE, 2001, p. 11). |
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SILVA, Márcia Ramos; SILVA, Roberta Ribeiro; ARAÚJO, Edna Maria Nóbrega. A ditadura da beleza: a busca pelo corpo “ideal”. In: II Colóquio Internacional de História: fontes históricas, ensino e história da educação. GT 19: Mídia & Sociedade: a História da Mídia, a Mídia na História. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 2º, 2010. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2010. p. 2878-2884. ISSN: 2179 2011. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34331 |
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