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Grupo de Trabalho 14: História e Sensibilidades: Caminhos Teórico-Metodológicos.

Grupo de Trabalho 14: História e Sensibilidades: Caminhos Teórico-Metodológicos.

 

Coordenadores do GT 14: <p>Iranilson Buriti de Oliveira - UFCG <p>Carlos Alberto Alves de Souza - UFCG <p>Alexandre Castro de Farias - UFCG <p align="justify">O debate entre as sensibilidades e a história é, sem dúvida, um dos temas que mais interessam à comunidade historiadora atualmente, pois estas práticas, suas temporalidades e suas escritas tornaram-se parte fundamental da configuração de nosso saber, por suas formas de existência, suas regras especificadas, seu modo de funcionamento, a maneira pela qual essa configuração de conhecimento se enraíza na sociedade. De Lucien Febvre a Michel Foucault, é esse espaço do saber que se abre novamente à operação historiográfica: tratar-se-á, pois, para esta genealogia dos sentimentos na história, de marcar as suas singularidades e reencontrar as diferentes cenas onde a amizade, a solidão, a saudade, a tristeza, a morte, o amor desempenharam seus papéis distintos. Desse modo, este grupo de trabalho se propõe a examinar o lugar e a contribuição, na história, das formas de ser e sentir, da própria fabricação das diferentes sensibilidades no tempo. Trata-se de acolher pesquisas que desenvolvam a temática das sensibilidades, mais do que isso, se instaura uma abertura para tantos temas e possibilidades de pesquisas, na medida em que este grupo de discussão pretende-se também um espaço de exercício de pesquisa histórica e seus problemas teóricometodológicos. Esse exercício teórico demarca a importância do debate sobre as múltiplas possibilidades de fontes e suas articulações com a história assim como com outros saberes. As sensibilidades não aparecem na pesquisa do historiador como que surgidas do nada, o seu próprio debate tem uma localização histórica, este debate se anuncia dentro de um movimento de crise dos paradigmas modernos. Já dizia Febvre em seu livro Combates Pela A História, que não encontrava livros em que fosse conceituado o tema das sensibilidades. Enfim, são esses os objetivos principais, analisar historicamente como se construíram representações, discursos e experiências de sensibilidades. Se o historiador cultural estuda tudo que no mundo está, não há como negar que as sensibilidades existem, não como um dado, mas temporalmente, muitos pensam que é o tema que circunscreve a historicidade do trabalho, mas isso é um engano, o que faz com que o trabalho esteja inserido dentro de uma determinada tradição é a própria habilidade de quem o opera, os recortes que nele se instauram.

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