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Grupo de Trabalho 17: História Oral e Narrativas Biográficas e Autobiográficas.

Grupo de Trabalho 17: História Oral e Narrativas Biográficas e Autobiográficas.

 

Coordenadoras do GT 17: <p>Keila Queiroz e Silva - UFCG <p>Silêde Leila Oliveira Cavalcanti - UFCG <p>Valdirene Pereira de Sousa - UFCG <p align="justify">Os estudos biográficos e autobiográficos, assim como o uso da metodologia da história oral têm sido possíveis no campo da História com a expansão dos estudos culturais e com o investimento progressivo na subjetividade do conhecimento histórico. As mutações paradigmáticas na historiografia atual têm sido objeto de análises de muitos historiadores que foram receptivos à micro-história. Dosse (2004) tece relevantes considerações acerca dos estudos biográficos, recorrendo à obra de Nora (1989) nas quais ele fala da ego-história, provocando assim uma reflexão em torno da relação entre a história e a psicanálise. Para Dosse, a história representaria a idiografia, as aspirações científicas, as relações de causalidade; e a psicanálise representaria a nomoteia, ou seja, a narratividade.Na década de 60, o estudo da história das mentalidades vem propor um diálogo entre a história e a psicologia, diálogo este bem enfrentado por Lucien Febvre já nos anos 30. Ele defende o estudo da história dos sentimentos, do amor, da morte, da piedade, da crueldade, do medo, mas enfatizando que essa história deve englobar o que é geral de uma civilização.Conforme observou Dosse, ―esse itinerário que leva do porão ao sótão, retomando a expressão de Vovelle, foi o itinerário de uma geração de historiadores‖ (2004, p.73). Dessa geração de historiadores Dosse considera Philippe Ariès o franco atirador na história das mentalidades.Ginzburg, com a proposta do paradigma indicial, também contribuiu para a expansão da micro-história. Conforme comentou Dosse, a nova escrita da história fundamentada nesse historiador italiano tem muita afinidade com a psicanálise e a busca do não-dito, dos indícios, dos lapsos. Para Ginzburg, Giovanni Levi e sua escola, a história é narrativa, idiográfica, indiciária e singular. Para François Dosse, o fosso entre história e memória permanece. Por isso, ele apresenta a narrativa como o caminho articulador entre essas duas dimensões.White (2001) também se postula como um defensor da historiografia narrativa. Ele defende que a linguagem do historiador é figurativa e não técnica. Para ele, a narrativa historiográfica deve configurar uma combinação entre fato e interpretação, enfatizando o componente artístico do discurso historiográfico. Ele propõe uma escrita que invista na auto-consciência poética.A descrença no artificialismo da separação entre sujeito e objeto, herdeiro da concepção objetiva da ciência moderna ocidental, contribuiu para a expansão do uso das narrativas biográficas e autobiográficas, como mediadoras entre a história individual e a história social.

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