Coordenador do GT 18: <p>Lindercy Francisco Tomé de Souza Lins - UERN <p align="justify">Este Grupo de Trabalho tem por finalidade reunir pesquisadores que versam seus estudos para a História Política em suas diversas abordagens. A partir da inserção da abordagem cultural e social, a história política sofreu transformações relevantes, pois englobou novas perspectivas nos estudos políticos, além perceber a política numa abordagem mais ampla, e não apenas ao Estado, tampouco se resume a feitos políticos ou medidas administrativas dos governantes. Há que se pensar na história das instituições, como Sindicatos, Partidos, Casas Legislativas, Igrejas, ONG´s, Fundações, Maçonaria, dentre outras que ganham dimensão política a partir do aguçado olhar do historiador que se envereda pela área. Além do mais, com a difusão da história cultural, a história política ganhou ferramentas de análise, além de dimensões novas de pesquisa, quais sejam: análise da cultura política e história cultural da política. A primeira diz respeito a uma série de manifestações dos políticos sobre aspectos da sociedade, como o comportamento e as escolhas feitas em determinada realidade, as tradições políticas das instituições, as posturas políticas, as representações, ritos e símbolos criados, redimensionados ou apropriados, sejam pelos agrupamentos partidários ou pelas elites políticas com intuito de manutenção de poder. A abordagem da história cultural da política relaciona-se com o impacto da política na cultura social, por exemplo, como um determinado jornal viu e tratou figuras políticas, ou mesmo a forma pela qual escritores viram a política através de suas obras, são campos da história cultural em sua dimensão política. Uma crítica justa que se fazia contra a história política tradicional era a ausência de fontes que não fossem estatais e um excesso de subjetivismo na análise dos acontecimentos, pois a explicação beirava mais a psicologia e o acaso do que pressões dos grupos e condicionantes econômicos. Atualmente, a história política, por ter ampliado seu raio de investigação e seu diálogo com outras ciências humanas, sobretudo com a ciência política, dispõe de elenco vasto de fontes. Seu leque vai desde os documentos oficiais, tão bem trabalhados pelos ditos positivistas, mas, de uns anos para cá, tem servido também para a história cultural, estatísticas, documentos partidários, imprensa, oralidade etc., ou seja, boa parte da documentação utilizada por outras correntes históricas.