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Grupo de Trabalho 19: História Serial e séries Estatísticas.

Grupo de Trabalho 19: História Serial e séries Estatísticas.

 

Coordenador do GT 19: <p>Caio Graco Valle Cobério - USP <p align="justify">Dada a possibilidade de aprofundamento da pesquisa documental e da investigação histórica por meio da quantificação sistemática iniciada na década de 1930 pelos historiadores da economia, este GT pretende apresentar, discutir e analisar, propostas atuais de pesquisas, em andamento ou já concluídas, que levem em conta os usos de dados, ou melhor, das chamadas ―séries estatísticas‖, assim como a apresentação de alguma série, em particular, de relevância para os estudos históricos. As pesquisas cujas fontes fundamentais são uma ou mais séries de dados que, de alguma forma, ficaram registradas no passado - cabendo ao historiador no presente atribuir-lhes um conjunto de significados, encontrando homogeneidade e coerência interna -, revelam importantes conseqüências em termos de métodos, de crítica do documento e de manuseio das fontes dessa natureza, recolhidas ou construídas pelo historiador, num alargamento dos horizontes de seu ofício. Segundo François Furet, é possível distinguir três grupos segundo o grau crescente de dificuldade na constituição das séries: as fontes estruturalmente numéricas usadas pelo historiador para responder questões diretamente relacionadas com seu campo original de pesquisa; as fontes estruturalmente numéricas utilizadas pelo historiador para responder questões totalmente estranhas ao seu campo original de pesquisa; as fontes não estruturalmente numéricas, mas utilizadas de maneira quantitativa em um complexo trabalho de padronização. Incluem-se nesse rol, registros paroquiais, estatísticas oficiais de produção, resultados eleitorais, preços, documentos fiscais, notariais, administrativos ou jurídicos, entre outros. Originalmente, trazida pela história econômica junto com a observância das flutuações e dos ciclos da economia, a quantificação sistemática da história trouxe consigo uma gama de novas possibilidades, na medida em que deslocou o foco de atenção do historiador, dos ―fatos individuais‖ para os processos integrados no âmago de um período de tempo, que ultrapassam em muito a história econômica. Ainda que levemos em conta a existência das eras préestatística, proto-estatística e da era estatística, propriamente dita - os usos dessas séries são o objeto de nosso interesse, independentemente da demarcação espaço-temporal, nos mais diversos campos e com suas variadas denominações e abordagens: história serial, história quantitativa, história demográfica, história econômica, história social, história política

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