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Grupo de Trabalho 21: História, Memória e identidades em Espaços Urbanos: Experiências de Usos de Fontes Históricas.

Grupo de Trabalho 21: História, Memória e identidades em Espaços Urbanos: Experiências de Usos de Fontes Históricas.

 

Coordenadores do GT 21: <p>Ana Rita Uhle - UNICAMP <p>Giliard da Silva Prado - UFS <p align="justify"> As cidades constituem-se em espaços dinâmicos onde diferentes grupos sociais buscam projetar suas memórias e afirmar suas identidades por meio de produções simbólicas que se consubstanciam em diversos lugares de memória – arquivos, museus, monumentos, praças, ruas, prédios públicos, comemorações, festas, rituais (cívicos, religiosos, fúnebres), etc. Longe, porém, de serem entendidos como fenômenos distintos, um preexistindo ao outro, memória e identidade são elementos indissociáveis, fortemente imbricados, uma vez que as afirmações identitárias recorrem a uma determinada memória e que, inversamente, as construções no campo da memória são permeadas por um sentimento de identidade. É a partir dessa relação dialética que se produzem imaginários, trajetórias de vida, histórias, mitos e narrativas. Produções discursivas (textuais e imagéticas) e práticas sociais são atravessadas por relações de poder, que se manifestam em processos de inclusão e exclusão, isto é, na definição do par identidade/alteridade efetivada por diferentes indivíduos e grupos sociais que procedem a usos conflitantes do passado. Neste sentido, os espaços urbanos abrigam um vasto repertório de produções simbólicas que expressam as disputas entre grupos sociais antagônicos, as lutas de representações e as batalhas por eles travadas em torno da memória e da história. Com base nessas considerações, este Grupo de Trabalho pretende reunir pesquisas que busquem compreender conflitos sociais e relações de poder nas produções simbólicas que compõem a ambiência urbana, considerando as manifestações tanto de natureza material, quanto imaterial. O objetivo do GT é promover a reflexão e o debate sobre a multiplicidade de documentos (vestígios, traços) que podem ser eleitos por historiadores e pesquisadores de áreas afins como fontes para suas pesquisas. A discussão será pautada pelos limites e possibilidades de uso desses documentos, bem como pela problematização de abordagens e perspectivas metodológicas adotadas. No debate decorrente da reunião de experiências de pesquisa construídas a partir de diferentes formas de aproximação com os objetos propostos, serão privilegiados os percursos e modos de fazer do historiador/pesquisador. Este GT está orientado pelo entendimento de que, assim como a organização dos fundos e séries arquivísticas e dos acervos de museus, a disposição espacial de prédios e monumentos públicos, a toponímica urbana e diversos outros elementos que compõem o cenário das cidades são orientados por escolhas nas quais estão subjacentes relações de poder.

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