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Grupo de Trabalho 25: O Cinema na História: Memórias, Representações e Identidades.

Grupo de Trabalho 25: O Cinema na História: Memórias, Representações e Identidades.

 

Coordenadores do GT 25: <p>Leandro Santos Bulhões de Jesus - UNB <p>Marcelo Gustavo Costa de Brito <p align="justify"> De acordo com o antropólogo e filósofo do imaginário Gilbert Durand, foi apenas no último século – com as contribuições decisivas da psicanálise e da antropologia social – que o ocidente redescobriu a importância e a força das imagens, revertendo uma tendência de oito séculos denominada por ele de ―vitória dos iconoclastas‖ ou ―recalcamento do imaginário‖. Foi também no século XX que os meios de comunicação de massa audiovisuais se consolidaram, circulando uma quantidade de imagens nunca antes vista para audiências cada vez maiores. O cinema, como um campo privilegiado de produção de sentidos com forte poderio de veiculação ideológica, com o tempo, desperta cada vez mais a atenção dos historiadores. Pensar o cinema, portanto, é pensar este suporte narrativo dentro deste cenário social contemporâneo de intensa circulação de sentidos. A investigação da efetividade das narrativas fílmicas nas estratégias de subjetivação dos indivíduos e das coletividades é o eixo deste grupo de trabalho. Essa efetividade perpassa um vasto campo empírico, potencialmente aberto a qualquer análise que tenha no cinema seu objeto privilegiado, além de um campo teórico em que se destacam as temáticas da memória, das construções identitárias, das lutas simbólicas, do imaginário e das especificidades da narrativa fílmica. É por isso que pesquisadores de diversas áreas não perderam de vista os diferenciados papéis que as imagens (em movimento ou não) desenvolveram ao longo do século XX, em torno de questões como influência, circularidade, interpretações, produção e consumo. Em sociedades como a nossa, na qual milhões de pessoas têm acesso aos meios de comunicação veiculados em imagem-som, é comum atribuir certas atitudes, crenças e valores de grupos ou de pessoas à influência desses meios. A assertiva de que a produção e consumo crescentes de mídias áudio-imagéticas ao longo do desenvolvimento dessa cultura audiovisual têm mudado comportamentos, hábitos e remodelado as relações sociais, é relativamente corrente. No entanto, é necessário o aprofundamento desses estudos. Subjaz a essas várias abordagens o desejo de compreender o cinema como uma prática cultural contemporânea decisiva para a maneira como representamos o mundo e a nos mesmos.

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