Coordenadores do GT 27: <p>Paula Rejane Fernandes - UEPB <p>Silvia Tavares da Silva - FIP <p>Francisco Linhares Fonteles Neto - UERN <p align="justify"> A renovação historiográfica proporcionada pela História Nova permitiu o alargamento dos objetos de estudo da História, das abordagens, dos problemas, das fontes históricas. Isso fez com que questões emergissem no cenário da pesquisa histórica, questões referentes ao lazer, ao cotidiano, às cidades, aos costumes, aos códigos de sociabilidades, enfim as mais diversas práticas sociais e culturais. Tais questões podem ser investigadas a partir de diversas fontes de pesquisas, mas aqui priorizamos o uso de periódicos. Pois, os mesmos, mais especificamente o jornal, não apenas informam o leitor do seu tempo que acompanha em suas páginas as notícias diárias, como também fornece ao historiador-pesquisador pistas a respeito da passeidade, isto é, do tempo transcorrido, uma vez que as páginas impressas constituem-se em uma das diversas possibilidades de leitura do cotidiano, das articulações políticas, das mudanças no padrão de consumo, das práticas de lazer, das redes de sociabilidade, dos projetos de futuro idealizados pela elite letrada, muitas vezes, organizadora do jornal. Sendo assim, o jornal propicia vestígios para problematizarmos o passado e investigarmos as sensibilidades, as tensões, as tramas políticas tanto no cenário citadino como no nacional. Nesse sentido o jornal se constitui como uma fonte bastante propicia para o fazer historiográfico, pois a partir dele podemos reelaborar um passado implícito em suas páginas. Partindo desse pressuposto é de fundamental importância discutirmos o nosso lugar de historiador como alguém capaz de trazer à tona leituras sobre um tempo de outrora desvendadas nas entrelinhas dessas fontes impressas. Pensamos aqui com a nossa proposta estabelecer um lugar de diálogo com os pesquisadores que se apropriam dos jornais para (re)elaborarem suas leituras a respeito de um determinado tempo e espaço e construírem assim as suas múltiplas representações do passado. É desse diálogo que pretendemos ainda mais alargar as nossas experiências com a referida fonte no sentido de dá novas dimensões para a pesquisa histórica.