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Os resíduos fazem parte da própria história humana, porém, foi a partir da
segunda metade do século XX, com novos padrões de consumo da sociedade industrial,
que este problema vem crescendo, em ritmo superior à capacidade de absorção pela
Natureza. O avanço industrial e tecnológico possibilitou enormes conquistas no campo
das ciências, além de ocasionar o aumento da diversidade de produtos com
componentes e materiais de difícil degradação e maior toxicidade (BRASIL, 2006).
Desde este mesmo período esta abordagem industrial e tecnicista também vem
sendo aplicada à atenção ao parto. O que contribuiu para o desenvolvimento dos
hospitais como locais privilegiados para a provisão de serviços de assistência
maternidade. Estes estabelecimentos vêm conseguindo centralizar equipamentos
sofisticados e caros, e técnicos habilitados a utilizá-los, além de médicos, cada vez mais
especializados e subespecializados. , E chegamos ao final do século passado com mais
de 90% dos partos realizados em hospitais.
Sabe-se que o principal objetivo dos estabelecimentos de saúde que prestam
assistência maternidade é ofertar atendimento de qualidade as parturientes, mas em
contrapartida, vem atrelado ao uso indevido e muitas vezes desnecessário de
equipamentos e/ou materiais. Durante esse processo de atendimento, água e energia são
constantemente exigidas, e diferentes materiais são utilizados, gerando efluentes
líquidos que precisarão ser tratados e uma grande variedade de resíduos sólidos que
necessitarão de um gerenciamento adequado, pois se constituem em fontes importantes
de contaminação para o Ambiente e para a população intra e extra-unidade. Dessa
forma, estes estabelecimentos de saúde acabam gerando aumento da degradação do Ambiente, com consequente diminuição da quantidade de recursos naturais,
contribuindo para uma sobrevivência difícil para as próximas gerações, além da
inviabilidade econômica. Para tanto se torna necessário uma atenção maior no que se refere à implantação
do gerenciamento adequado dos resíduos dos serviços de saúde, pois o enfoque dado à
disposição final ainda continua sendo a opção mais frequente. Limitando-se apenas à
reciclagem, tratamento ou destinação final adequada desses resíduos. É preciso
implantar também, cada vez mais, o conceito da não-geração e redução da geração de
resíduos na sua origem, não só porque eles identificam perdas e desperdícios, mas
também pela redução de custos, demandas legais, conscientização da população,
prevenção de agravos a saúde e preservação ambiental.
Baseado nesta perspectiva o Conselho Empresarial Brasileiro para o
Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), a Rede Brasileira de Produção mais Limpa
(RBPL) promove o desenvolvimento sustentável e dedica-se a difundir a metodologia
de Produção mais Limpa (PmaisL) e o conceito de ecoeficiência. Defendendo como
princípios que, o gerenciamento dos resíduos deveria privilegiar, em ordem de
prioridade, a não-geração, a redução da geração, a reciclagem, e finalmente o tratamento
ou disposição final. Nesse sentido, a identificação das fontes geradoras é uma etapa de
extrema importância quando o enfoque é a não-geração ou a redução da geração.
(ANVISA – RDC n. 306/2004; CONAMA n. 358/2005).
Para tanto a conscientização de toda a população é urgente, uma vez que a
diminuição da geração de resíduos ou a não-geração, ajuda a diminuir o impacto
ambiental ocasionado pelos mesmos, além de preservar os recursos naturais já tão
escassos no Ambiente. Com estas simples atitudes, os benefícios poderão ser vistos a
curto e a longo prazo. |
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dc.identifier.citation |
AQUINO, Danielle Lima de; AGUIAR, José Otávio. Ecoeficiência: um instrumento para a redução da geração de resíduos e desperdícios nas maternidades. In: II Seminário Nacional Fontes Documentais e Pesquisa Histórica: Sociedade e Cultura. GT 04 - História, Meio Ambiente e Questões Étnicas. Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), 2º, 2011. Anais [...]. Campina Grande - PB, 2011. p. 1-7. ISSN: 2176 4514. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/34855 |
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