dc.creator.ID |
SANTOS, C. S. |
pt_BR |
dc.contributor.advisor1 |
ALBUQUERQUE JUNIOR, Durval Muniz de. |
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dc.contributor.advisor1ID |
ALBUQUERQUE JUNIOR, D. M. |
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dc.description.resumo |
A proposta de se analisar os processos disciplinares como prováveis fabricantes de
subjetividades e identidades tenta ultrapassar o enorme abismo maniqueista de um mundo
bom e perfeito em detrimento de um outro cheio de erros e defeitos. Para tanto não me
propus oferecer aqui outro universo para a educação. Se conseguirmos questionar essa grade
(todo o aparato disciplinar) que hoje nos e imposta sem nos prendermos a tantas certezas ou
verdades (que facilmente encontraremos no caminho a se oferecer) acredito que
seguiremos, por enquanto, o melhor itinerário. Já que o mundo moderno transborda de
certezas que não nos resolve, tentemos outros atalhos no intuito de colocarmos em espaço de
tensão algumas questões pertinentes que se propõem serem eternas. Os horizontes destas
linhas que despontam agora, pelejam nessas questões na tentativa de encontrar portas de
entrada ou de saída numa releitura para uma “outra” educação. A tentativa e de perceber
a” realidade” com olhos outro, pelos quais ainda não vimos. Olhos de cegos que sem ver
imaginam como são.
Na primeira parte deste trabalho estão as questões lançadas por Foucault no seu
livro “Vigiar e Punir” principalmente na terceira parte desta obra intitulada “Disciplina”. A
discussão de Foucault ali e em tomo de como se apresenta e se organiza a disciplina na
educação (escola),nos processos penais (prisões) e nos sistemas de saúde (hospitais). Aqui nos
coube conversar com essas analises (principalmente relacionadas a educação) logo no
primeiro capítulo, de forma a termos nos outros dois capítulos alicerces e bases para nossas
observações. Os recursos para um bom adestramento serão aqui levados em questão (ou serão a
questão). O olhar do professor como um lugar que agencia e produz potencia poderá aqui ser
capturado e problematizado.
As sansões normatizadoras que em silencio invadem a experiência e a singularidade
dos disciplinados nos levaram a outras discussões. Para findar a primeira parte do trabalho
analisaremos o papel do Exame no contexto escolar. Esses três primeiros momentos de certa
forma nos levarão a imagens de corpos governáveis que subordinadamente e cumplicemente
agem e mudam de cor, de forma e de tom conforme os gritos do interfone disciplinar.
Na segunda parte do trabalho discutirei as subjetividades que se gestam entre esses
dois lugares:” disciplina e indisciplina”. Quais as características que comumente distinguem
essas duas nomeclaturas, que caminhos(ou atalhos) levam um ser disciplinado a ser escrito
como tal e quais desvias arremessam o individuo para a acracia(ou a não
governamentabilidade).A pluralidade desses lugares nos ajudarão a perceber o que leva (que
veiculo) um individuo num, determinado evento ser um “monstro” ou ser “ciborgue” como diria James Donald no seu livro A pedagogia dos Monstros. A discussão ,brevemente visitara a
questão da liberdade e seus riscos de aplicação nesse contexto disciplinar. Por fim trataremos
de conversar a respeito do resultado final de toda essa disciplinarização:” o sujeito
educado”. Que tipo de educação se espera e que tipo de educação temos ao final, entenda-se
por ”final”o que a própria disciplina designa . o termino do período escolar. Essa discussão
nos ajudara a perceber entre outras coisas o próprio sentido e o contra-sentido da
disciplina. Toda essa maquinaria quando esquadrinha tem um objetivo: multiplicar as formas do
ser esquadrinhado. O que quero saber e como essas forças multiplicadas e aumentadas em
potencia quando chegam ao outro lado da ponte esboçam fisionomia. Que cara tem a
educação, eu digo educação no sentido de aprendizado adquirido. No que nos nos tomamos
depois de obedecer (querendo ou não) toda essa mecânica de poder?
Minha preocupação ao escrever estas linhas e ter acesso a um olhar mais
distanciado do objeto observado Percebendo os movimentos alternados e constantes desses
métodos disciplinares. Volto a insistir que isso nada tem que ver com a criação de outro
lugar” perfeito” e sem erros para a educação mesmo porque excluir os erros ,ou melhor
exterminalos, seria se achar por demais portador da verdade. A Proposta do trabalho limita-se
em questionar essa estrutura que nos envolve desde os nossos primeiros dias de jardim de
infância ate os nossos maiores voos intelectuais. Insisto nessa tecla pois no mesmo seminário
em que nasceu as indagações que agora vos apresento um colega do curso de historia ao final
disparou esta perola: “não vá se querer agora que, de uma hora pra outra a disciplina e seus
processos sejam extintos, não e?!”.0 meu trabalho passa longe disso (pelo menos por
enquanto) esperando pelo menos que ao final tenhamos um material necessário para outras
propostas dentro do mesmo universo. Discutamos então toda essa engrenagem que tem sido
incorporada ao ensino, num movimento perpetuo onde indivíduos substituem uns aos outros
num espaço escondido e vivo. |
pt_BR |
dc.publisher.country |
Brasil |
pt_BR |
dc.publisher.department |
Centro de Humanidades - CH |
pt_BR |
dc.publisher.initials |
UFCG |
pt_BR |
dc.subject.cnpq |
História. |
pt_BR |
dc.title |
A fábrica de sujeitos: a disciplina na educação. |
pt_BR |
dc.date.issued |
2003 |
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dc.identifier.uri |
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35097 |
|
dc.date.accessioned |
2024-03-15T21:31:40Z |
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dc.date.available |
2024-03-15 |
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dc.date.available |
2024-03-15T21:31:40Z |
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dc.type |
Trabalho de Conclusão de Curso |
pt_BR |
dc.subject |
Disciplina na Educação |
pt_BR |
dc.subject |
Processos disciplinares - Educação |
pt_BR |
dc.subject |
Vigiar e Punir - Foucault |
pt_BR |
dc.subject |
Disciplina - Foucault |
pt_BR |
dc.subject |
Michel Foucault - disciplina |
pt_BR |
dc.subject |
Educação e processos disciplinares |
pt_BR |
dc.subject |
Hierarquia escolar - professor |
pt_BR |
dc.subject |
Discipline in Education |
pt_BR |
dc.subject |
Disciplinary processes - Education |
pt_BR |
dc.subject |
Discipline and Punish - Foucault |
pt_BR |
dc.subject |
Discipline - Foucault |
pt_BR |
dc.subject |
Michel Foucault - discipline |
pt_BR |
dc.subject |
Education and disciplinary processes |
pt_BR |
dc.subject |
School hierarchy - teacher |
pt_BR |
dc.rights |
Acesso Aberto |
pt_BR |
dc.creator |
SANTOS, Clênio da Silva. |
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dc.publisher |
Universidade Federal de Campina Grande |
pt_BR |
dc.language |
por |
pt_BR |
dc.title.alternative |
The subject factory: discipline in education. |
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dc.identifier.citation |
SANTOS, Clênio da Silva. A fábrica de sujeitos: a disciplina na educação. 2003. 33f. (Trabalho de Conclusão de Curso - Monografia), Curso de Licenciatura em História, Centro de Humanidades, Universidade Federal de Campina Grande – Campina Grande - Paraíba - Brasil, 2003. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/35097 |
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