dc.description.resumo |
O rebanho efetivo brasileiro conta com aproximadamente 5.9 milhões de equinos, dos quais
mais de 1.3 milhões pertencem à região Nordeste, onde a atividade possui valor econômico,
esportivo e cultural. Na criação de animais, a identificação dasinfecções circulantes no rebanho,
bem como dos aspectos epidemiológicos a elas relacionados, devem ser levados em
consideração, visando a elaboração de medidas profiláticas específicas para cada região. Por
sua vez, as infecções de etiologia viral, por possuírem alta taxa de transmissão, diferenciação
genética e mecanismos de escape do sistema imune do hospedeiro, são responsáveis por percas
significativas na equideocultura. Tendo em vista o impacto da ocorrência de infecções virais
para a criação de equinos, e para a saúde pública, foram elaborados estudos epidemiológicos
para duas infecções virais e uma revisão sistemática de literatura com meta- análise dos dados.
O primeiro trabalho objetivou determinar a prevalência e as áreas de maior densidade de
animais positivos para o vírus da anemia infecciosa equina (EIAV), em quatro estados na região
Nordeste do Brasil. O segundo estudo consistiu na determinação da prevalência do hepacivírus
equino (EqHV) e análise filogenética, nos estados da Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio Grande
do Norte, região Nordeste do Brasil. Por fim, foi realizada uma revisão sistemática de literatura
e meta-análise dos trabalhos de prevalência do EqHV, fornecendo assim uma atualização global
da infecção. Para determinar a prevalência de EIAVe EqHV, foram utilizadas amostras de soro
sanguíneo de equinos, cedidas pelo Laboratório Veterinária Diagnósticos – LTDA. A partir dos
resultados do capítulo I, foi observado que o EIAV é circulante nos quatro estados da região
Nordeste do Brasil, sendo o estado de CE o de maior prevalência de animais positivos, assim
como áreas com maiores densidades de animaispositivos. As regiões de fronteira entre os
estados foram as áreas com os maiores aglomeradosde casos positivos. Em relação ao capítulo
II, foi possível evidenciar a circulação de EqHV na região Nordeste do Brasil. A análise
filogenética revelou que a região NS3 de EqHV de amostras do Nordeste do Brasil estava
intimamente relacionada com cepas isoladas em outras regiões do Brasil, sugerindo a presença
de um ancestral comum entre as cepas virais no país. Finalmente, no capítulo III foi observada
uma variabilidade das prevalências obtida por continente, além de fatores de risco à infecção
pelo EqHV associadas indiretamente relacionadas ao manejo dos animais. |
pt_BR |