dc.description.resumo |
A região que hoje compreende o nordeste brasileiro foi ocupada por povos com diferentes concepções e apropriações do sagrado. As populações nativas construíram um universo simbólico e mítico do qual pouco sabemos pela destruição cultural empreendida pelos europeus devido a sua visão teocêntrica e considerada por eles como única e superior. Os europeus em sua maioria eram católicos e auto determinavam-se defensores da fé e desta eram os propagadores exclusivos. Neste universo católico também houve a presença dos cristãos-novos (judeus recém convertidos ao catolicismo que em sua maioria procuravam escapar das punições da Inquisição, mas continuavam às escondidas fiéis as suas práticas religiosas judaicas) fugiram de situações de perseguição na Europa e vieram ao Brasil. Contribuições também se somaram com a presença (mesmo que forçada pela escravidão) dos povos africanos, na medida em que, para estes, manter a religião era um ato de afirmação de sua identidade cultural e uma forma de resistência à dominação dos brancos. Na América portuguesa a concepção mágica do mundo transitava entre as classes sociais, ou seja, desde o homem branco remediado ou pobre ao indígena e ao escravo negro. Porém, a Igreja Católica apresentava uma poderosa resistência a essa mistura de religião e magia uma vez que, céu e inferno se alternavam no horizonte do colonizador, passando paulatinamente a integrar também o universo dos colonos (SOUZA, 1986). Percebemos a partir desta contextualização panorâmica que a religiosidade popular se desenvolveu, nesta região, através de influências diversas não se constitui um campo de simples explicação. O complexo sistema simbólico que compõe essa religiosidade trata-se de um novelo com muitos fios e seu desenrolar não obedece a uma regra estática e geral. Essa prática religiosa cotidiana tem sido permeada por influências de tradições diferentes e geralmente é denominada de religiosidade popular. Segundo Laura de Melo e Souza (1986) o que se entende por religiosidade popular é o sistema de crenças, originado nos velhos feudos europeus, os quais foram perpassados por uma extensa rede de fios simbólicos que vão desde as práticas utilizadas nos rituais até o modo de organização e o próprio sentido da vida cotidiana. |
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dc.publisher.country |
Brasil |
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dc.publisher.initials |
UFCG |
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dc.subject.cnpq |
História. |
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dc.citation.issue |
12 |
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dc.title |
Entre ramos de poder: mulheres e práticas mágicas, influências na religiosidade popular do brejo paraibano. |
pt_BR |
dc.date.issued |
2006 |
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dc.identifier.uri |
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/38232 |
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dc.date.accessioned |
2024-10-02T16:39:22Z |
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dc.date.available |
2024-10-02 |
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dc.date.available |
2024-10-02T16:39:22Z |
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dc.type |
Artigo de Evento |
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dc.subject |
Brejo Paraibano |
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dc.subject |
Mulheres e práticas mágicas |
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dc.subject |
Religiosidade popular |
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dc.subject |
História cultural |
pt_BR |
dc.subject |
Rezadeiras |
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dc.subject |
Women and magical practices |
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dc.subject |
Popular religiosity |
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dc.subject |
Cultural history |
pt_BR |
dc.subject |
Prayers |
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dc.rights |
Acesso Aberto |
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dc.creator |
THEOTONIO, Andréa Carla Rodrigues. |
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dc.publisher |
Universidade Federal de Campina Grande |
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dc.language |
por |
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dc.title.alternative |
Between branches of power: women and magical practices, influences on popular religiosity in the Paraíba swamp. |
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dc.identifier.citation |
THEOTONIO, Andréa Carla Rodrigues. Entre ramos de poder: mulheres e práticas mágicas, influências na religiosidade popular do Brejo Paraibano. In: XII ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA DA ANPUH SEÇÃO PARAÍBA. Simpósio Temático 04: História cultural. 12., 2006. Anais [...]. Cajazeiras - PB, 2006. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/38232 |
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