dc.contributor.advisor1 |
SILVA, Vanderlan Francisco da. |
|
dc.contributor.advisor1ID |
SILVA, Vanderlan F. |
pt_BR |
dc.contributor.advisor1Lattes |
http://lattes.cnpq.br/0640011315166109 |
pt_BR |
dc.contributor.referee1 |
AGUIAR, Mauricio Maia. |
|
dc.contributor.referee2 |
FERREIRA JÚNIOR, José. |
|
dc.description.resumo |
Este trabalho científico examinou as formas de resistências desenvolvidas pelos apenados do
Presídio do Serrotão, em Campina Grande, Paraíba. A pesquisa, conduzida das guaritas da
prisão, revelou o sistema opressivo do setor administrativo e as estratégias de resistência dos
presos para sobreviver naquele ambiente hostil. Focando nas práticas comerciais dos detentos,
a investigação destacou como eles criavam interações sociais, formando um emaranhado de
relações entre si, a administração do presídio, os trabalhadores, os agentes de segurança e até a
população externa. O estudo foi construído através de um trabalho de campo meticuloso,
observando os apenados in loco e registrando suas atividades com fotografias, aumentando a
imersão nesse universo. Além disso, incluiu pesquisas midiáticas e entrevistas sobre o Presídio
do Serrotão e suas histórias. Fundamentado por disciplinas como Antropologia, Sociologia,
Direito e História, o estudo proporcionou uma análise aprofundada dos casos ocorridos no local,
descrevendo o cotidiano do presídio e o comércio como forma de sobrevivência dos presos. A
observação das guaritas ofereceu uma perspectiva privilegiada, revelando como os presos
organizavam suas atividades comerciais, que envolviam a troca de bens como alimentos,
produtos de higiene pessoal e entorpecentes. Essas atividades não só ajudavam os detentos a
obterem itens necessários para a sobrevivência, mas também funcionavam como uma forma de
resistência ao sistema opressivo, promovendo a “solidariedade” entre eles e desafiando a
autoridade da administração prisional. As práticas comerciais criaram uma economia interna
que beneficiava não apenas os presos, mas também impactava os agentes penitenciários e a
administração. Em alguns casos, havia tolerância ou colaboração velada por parte dos guardas,
que também podiam lucrar com o comércio interno. Isso resultava em uma rede complexa de
interdependência que ia além das barreiras físicas do presídio, alcançando a comunidade
externa. Familiares e amigos dos presos se envolviam nesse sistema, fornecendo mercadorias e
facilitando trocas vitais para a manutenção do comércio interno. A pesquisa também destacou
a importância das interações sociais entre os presos e como estas eram fundamentais para a
sobrevivência emocional e psicológica em um ambiente tão adverso. A construção de redes de
interação entre os detentos fazia com que eles enfrentassem melhor as pressões do
confinamento, criando um senso de coletividade que contrabalançava a desumanização imposta
pelo sistema carcerário. Em suma, o estudo no Presídio do Serrotão revelou como os apenados
desenvolvem estratégias de resistência através do comércio interno. Embasado em observação
direta e análise interdisciplinar, o trabalho destaca a resiliência e a criatividade dos presos em
um ambiente marcado pela repressão. |
pt_BR |
dc.publisher.country |
Brasil |
pt_BR |
dc.publisher.department |
Centro de Humanidades - CH |
pt_BR |
dc.publisher.program |
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS |
pt_BR |
dc.publisher.initials |
UFCG |
pt_BR |
dc.subject.cnpq |
Ciências Sociais |
pt_BR |
dc.title |
Pelas frestas das guaritas: cotidiano, comércio e resistência no Presídio do Serrotão |
pt_BR |
dc.date.issued |
2024-08-23 |
|
dc.description.abstract |
This scientific work examined the forms of resistance developed by the inmates of Serrotão
Prison in Campina Grande, Paraíba. The research, conducted from the prison watchtowers,
revealed the oppressive system of the administrative sector and the inmates' strategies for
surviving in that hostile environment. Focusing on the commercial practices of the detainees,
the investigation highlighted how they created social interactions, forming a web of
relationships among themselves, the prison administration, workers, security agents, and even
the external population. The study was built through meticulous fieldwork, observing the
inmates in loco and documenting their activities with photographs, enhancing immersion in this
universe. Additionally, it included media research and interviews about Serrotão Prison and its
stories. Grounded in disciplines such as Anthropology, Sociology, Law, and History, the study
provided an in-depth analysis of cases that occurred at the site, describing the daily life of the
prison and commerce as a form of prisoner survival. Observing from the watchtowers offered
a privileged perspective, revealing how the inmates organized their commercial activities,
which involved the exchange of goods such as food, personal hygiene products, and narcotics.
These activities not only helped the detainees obtain necessary items for survival but also
functioned as a form of resistance to the oppressive system, promoting “solidarity” among them
and challenging the prison administration's authority. The commercial practices created an
internal economy that benefited not only the prisoners but also impacted the penitentiary agents
and administration. In some cases, there was tolerance or covert collaboration by the guards,
who could also profit from the internal trade. This resulted in a complex network of
interdependence that went beyond the prison's physical barriers, reaching the external
community. Family members and friends of the inmates were involved in this system, providing
goods and facilitating vital exchanges for maintaining the internal trade. The research also
highlighted the importance of social interactions among the inmates and how these were crucial
for emotional and psychological survival in such an adverse environment. The construction of
interaction networks among the detainees helped them better face the pressures of confinement,
creating a sense of collectivity that counterbalanced the dehumanization imposed by the prison
system. In summary, the study at Serrotão Prison revealed how inmates develop resistance
strategies through internal commerce. Based on direct observation and interdisciplinary
analysis, the work highlights the resilience and creativity of the prisoners in an environment
marked by repression. |
pt_BR |
dc.identifier.uri |
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/39361 |
|
dc.date.accessioned |
2024-12-09T17:56:49Z |
|
dc.date.available |
2024-12-09 |
|
dc.date.available |
2024-12-09T17:56:49Z |
|
dc.type |
Dissertação |
pt_BR |
dc.subject |
Comércio |
pt_BR |
dc.subject |
Resistência |
pt_BR |
dc.subject |
Presídio |
pt_BR |
dc.subject |
Commerce |
pt_BR |
dc.subject |
Resistance |
pt_BR |
dc.subject |
Prison |
pt_BR |
dc.rights |
Acesso Aberto |
pt_BR |
dc.creator |
TARGINO, Charles Dayan Ramos. |
|
dc.publisher |
Universidade Federal de Campina Grande |
pt_BR |
dc.language |
por |
pt_BR |
dc.title.alternative |
Through the cracks of the guardhouses: daily life, commerce and resistance in the Serrotão Prison |
pt_BR |
dc.identifier.citation |
TARGINO, Charles Dayan Ramos. Pelas frestas das guaritas: cotidiano, comércio e resistência no Presídio do Serrotão. 2024. 115 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais ) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, Centro de Humanidades, Universidade Federal de Campina Grande, Paraíba, Brasil, 2024. |
pt_BR |