DSpace/Manakin Repository

Mulheres negras amazônidas frente à cidade morena: o lugar da Psicologia, os territórios de resistência.

Mostrar registro simples

dc.creator.ID CÂMARA, F. D. S. pt_BR
dc.creator.Lattes http://lattes.cnpq.br/8177191765447920 pt_BR
dc.contributor.advisor1 LIMA, Maria Lúcia Chaves.
dc.contributor.advisor1ID LIMA, M. L. C. pt_BR
dc.contributor.advisor1Lattes http://lattes.cnpq.br/2883065146680171 pt_BR
dc.contributor.referee1 CONRADO, Monica Prates.
dc.contributor.referee1ID CONRADO, M. P. pt_BR
dc.contributor.referee1Lattes http://lattes.cnpq.br/6141735247260273 pt_BR
dc.contributor.referee2 DEUS, Zélia Amador de.
dc.contributor.referee2ID DEUS, Z. A. pt_BR
dc.contributor.referee2Lattes http://lattes.cnpq.br/2137015557793418 pt_BR
dc.contributor.referee3 REIS JÚNIOR, Leandro Passarinho.
dc.contributor.referee3ID REIS JÚNIOR, L. P. pt_BR
dc.contributor.referee3Lattes REIS JÚNIOR pt_BR
dc.description.resumo Paira no imaginário social a ideia de que a Amazônia é terra de fauna, flora e <índio=. Ela ficou esquecida pela historiografia tradicional, que considerava irrisória a presença africana negra na configuração racial da região. Contudo, há tempos pesquisadores locais vêm recolocando em suas pesquisas a importância da região no panorama nacional, ressaltando a contribuição dos africanos negros traficados para o Grão-Pará. Assim, contrariando o imaginário étnicorracial, o último censo do IBGE (2010) apontou que 76,7% dos paraenses declararam-se negros (69,5% pardos, 7,2% pretos), dados que demonstram uma racialidade fortemente marcada pela mestiçagem, em que o mito da democracia racial branqueadora dificulta a (auto) identificação de negritudes amazônidas, que ficam escondidas sob uma morenidade e pelo mito do indígena. Dessa maneira o racismo enquanto arma ideológica, preconceito e discriminação segue como um modulador das relações sociais e o modus operandis do estão-nação. Considerando que as análises devem ser feitas de modo articulado, faz-se necessário adotar a interseccionalidade como instrumento para compreensões situadas em corpos concretos: com raça, gênero, classe, território, história. Em que, no elo, mulheres negras são as principais atingidas pela invisibilidade histórica, a mestiçagem e os piores índices de desenvolvimentos humano, portanto possibilitam maior compreensão sobre a realidade racial brasileira. Nesse sentindo, adotou-se o Pensamento Feminista Negro enquanto epistemologia viável para se compreender como mulheres negras constroem suas negritudes na Amazônia, em particular, na Região Metropolitana de Belém. Foi adotado o conceito de campo-tema do construcionismo social, a partir do qual foram realizadas rodas de conversas, anotações no diário de campo, conversas no cotidiano e utilização de referenciais teóricos do Feminismo Negros e das relações raciais em uma tentativa de problematizar os discursos sobre o tema e o que a Psicologia tem produzido com suas práticas. Percebeu-se que as relações raciais são complexas e que na intersecção gêneroraça, mulheres negras seguem marginalizadas social e academicamente, uma vez que existem poucos estudos com/sobre as sujeitas políticas na Psicologia. As quais, pelo posicionamento outsider within, trazem outras contribuições, a exemplo dos processos de racialização na Amazônia. Embora estes ocorram no mesmo jogo de poder das relações raciais brasileira, a constituição própria da história na Amazônia, as redes culturais e materiais dos antepassados negros legaram construções de negritudes diferentes, portanto, a negritude ontológica é inexistente e as mulheres negras existem em uma diversidade. Logo, cabe à Psicologia o compromisso ético de contingenciar, assim como outros pesquisadores vêm fazendo, as histórias da Amazônia e do Brasil em seus próprios discursos, rompendo o pacto de silêncio sobre o racismo, qualificando suas práticas, acolhendo quem lhe procura com sofrimentos psíquicos gerados pelo racismo e combatendo ombro a ombro com os movimentos/feminismos negros o racismo em suas interseções. pt_BR
dc.publisher.country Brasil pt_BR
dc.publisher.department Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. pt_BR
dc.publisher.program PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA pt_BR
dc.publisher.initials UFPA pt_BR
dc.subject.cnpq Psicologia. pt_BR
dc.title Mulheres negras amazônidas frente à cidade morena: o lugar da Psicologia, os territórios de resistência. pt_BR
dc.date.issued 2017-10-05
dc.description.abstract The idea that the Amazon is a land of fauna, flora and "Indian" hangs in the social imagination. It was forgotten by the traditional historiography that the black African presence in the racial configuration of the region considered derisory. However, local researchers have long been reinstating in their research the importance of the region in the national panorama, highlighting the contribution of black Africans trafficked to Grão- Pará. Thus, contrary to the imaginary, it was the last IBGE census (2010) that 76.7% of the paraenses declared themselves to be blacks (69.5% brown, 7.2% black), data that show a raciality strongly marked by miscegenation in that the myth of whitening racial democracy hinders the (self) identification of Amazonian blackness that is hidden under morenity and by the myth of the indigenous. In this way, racism as an ideological weapon, prejudice and discrimination follows as a modulator of social relations and the modus operandis of nation-state. Considering that the analyzes must be done in an articulated way, it is necessary to adopt intersectionality as an instrument for understandings situated in concrete bodies: with race, gender, class, territory, history. In that, black women are the main victims of historical invisibility, miscegenation and the worst human development indexes, so they allow a greater understanding of Brazilian racial reality. In this sense, Black Feminist Thought was adopted as a viable epistemology to understand how black women construct their blackness in the Amazon region, in particular, in the Metropolitan Region of Belém. The concept-field of social constructionism was adopted made conversation wheels, notes in the field diary, conversations in the daily life and use of theoretical references of Black Feminism and of race relations in an attempt to problematize the discourses on the theme and what Psychology has produced with its practices. It has been noticed that racial relations are complex and that at the gender-race intersection, black women are socially and academically marginalized since there are few studies with / on the political subjects in Psychology which by positioning outsider within brings other contributions, the for example, the processes of racialization in the Amazon. Although these occur in the same power game of Brazilian racial relations, the very constitution of history in the Amazon, the cultural and material networks of the black ancestors bequeathed constructions of different negritude, therefore, ontological negritude is non-existent and black women exist in a diversity. Therefore, it is up to Psychology to ethically commit contingency, as other researchers have been doing, the stories of the Amazon and Brazil in their own speeches, breaking the silence pact on racism, qualifying their practices, welcoming those who seek them with psychic sufferings generated by racism and fighting shoulder to shoulder with the black feminist movements / racism at its intersections. pt_BR
dc.identifier.uri http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/42282
dc.date.accessioned 2025-06-26T20:52:35Z
dc.date.available 2025-06-26
dc.date.available 2025-06-26T20:52:35Z
dc.type Dissertação pt_BR
dc.subject Mulheres negras pt_BR
dc.subject Territórios de resistência pt_BR
dc.subject Feminismo negro pt_BR
dc.subject Mulheres amazônidas negras pt_BR
dc.subject Morenicidade pt_BR
dc.subject Presença africana - amazônia pt_BR
dc.subject Negros na amazônia pt_BR
dc.subject Negritudes na amazônia pt_BR
dc.subject Resistência - negros na Amazônia pt_BR
dc.subject Mulheres quilombolas - Amazônia pt_BR
dc.subject Quilombo do Mola - Itapocu - PA pt_BR
dc.subject Quilombo Itapocu - PA pt_BR
dc.subject Liderança mulher quilombola pt_BR
dc.subject Felipa Maria Aranha - líder quilombola - Pará pt_BR
dc.subject Quilombo do Paxipal - Pará pt_BR
dc.subject Pará - quilombos - mulheres pt_BR
dc.subject Líder negra quilombola - Felipa Maria Aranha - Pará pt_BR
dc.subject Quilombo de Saracura - Santarém - PA pt_BR
dc.subject Quilombo de Abacatal - Ananindeua - PA pt_BR
dc.subject Quilombo do Umarizal - Baião - PA pt_BR
dc.subject Black women pt_BR
dc.subject Territories of resistance pt_BR
dc.subject Black feminism pt_BR
dc.subject Black Amazonian women pt_BR
dc.subject African presence - Amazonia pt_BR
dc.subject Black people in the Amazonia pt_BR
dc.subject Blackness in the Amazonia pt_BR
dc.subject Resistance - black people in the Amazonia pt_BR
dc.subject Quilombola women - Amazonia pt_BR
dc.subject Quilombo woman leader pt_BR
dc.subject Felipa Maria Aranha - quilombola leader - Pará pt_BR
dc.subject Pará - quilombos - women pt_BR
dc.subject Black quilombola leader - Felipa Maria Aranha - Pará pt_BR
dc.rights Acesso Aberto pt_BR
dc.creator CÂMARA, Flávia Danielle da Silva.
dc.publisher Universidade Federal do Pará pt_BR
dc.language por pt_BR
dc.description.sponsorship Capes pt_BR
dc.identifier.citation CÂMARA, Flávia Danielle da Silva. Mulheres negras amazônidas frente à cidade morena: o lugar da Psicologia, os territórios de resistência. 2017. 216f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Pará, Belém - PA - Brasil, 2017. pt_BR


Arquivos deste item

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples

Buscar DSpace


Busca avançada

Navegar

Minha conta