dc.creator.ID |
SANTOS, C. C. |
pt_BR |
dc.creator.Lattes |
http://lattes.cnpq.br/5181808367087929 |
pt_BR |
dc.contributor.advisor1 |
BELLOC, Márcio Mariath. |
|
dc.contributor.advisor1ID |
BELLOC, M. M. |
pt_BR |
dc.contributor.advisor1Lattes |
http://lattes.cnpq.br/1570092596184654 |
pt_BR |
dc.contributor.referee1 |
CABRAL, Károl Veiga. |
|
dc.contributor.referee1ID |
CABRAL, K. V. |
pt_BR |
dc.contributor.referee1Lattes |
http://lattes.cnpq.br/6421840541041541 |
pt_BR |
dc.contributor.referee2 |
FERLA, Alcindo Antônio. |
|
dc.contributor.referee2ID |
FERLA, A. A. |
pt_BR |
dc.contributor.referee2Lattes |
http://lattes.cnpq.br/6938715472729668 |
pt_BR |
dc.contributor.referee3 |
CORREA-URQUIZA, Martín. |
|
dc.contributor.referee3ID |
CORREA-URQUIZA, M. |
pt_BR |
dc.contributor.referee4 |
PIANI, Pedro Paulo Freire. |
|
dc.contributor.referee4ID |
PIANI, P. P. F. |
pt_BR |
dc.contributor.referee4Lattes |
http://lattes.cnpq.br/6434100473666705 |
pt_BR |
dc.description.resumo |
Esta tese de doutorado em psicologia parte do interesse em compreender os processos de
interação envolvidos nas experiências de padecimento e cuidado em saúde mental, de
comunidades ribeirinhas na Ilha do Combu, situada na cidade de Belém do Pará, que constroem
o repertório de narrativas dos modelos explicativos de padecimento e cuidado. Quando o
padecimento é olhado apenas pelo lado biológico, quando não há o reconhecimento dos
significados de forma ampla para o usuário e seus familiares, há uma interferência no
reconhecimento de problemas que podem ser perturbadores, mas potencialmente tratáveis no
modo de vida do usuário. O padecimento é polissêmico, as experiências são variadas e por isso
vale à pena examinar cada um dos sentidos, tanto em uma perspectiva clínica como também
antropológica. Assim ,a interpretação do que é o adoecimento também pode contribuir para
uma um trabalho mais efetivo de cuidado dentro de uma lógica territorial. Em concordância
com os pressupostos da antropologia médica optou-se por usar o termo “padecimento”, pois
fazemos referência à compreensão e experiência popular sobre doença e/ou sofrimento, tal qual
nos aponta a definição de illness. Outro conceito que também uitlizaremos ao longo do trabalho
é o de modelos explicativos, entendidos pelas formas como se entende científica e popularmente
um processo de saúde/adoecimento/atenção, incluindo as formas de prevenção, tratamento,
controle, alívio ou cura de uma determinada condição. O trabalho dá visibilidade às formas de
entendimento, explicação e cuidado das questões relacionadas à saúde mental dessa
comunidade, e e pelas narrativas da própria comunidade e da observação participante, busca
conhecer como estas compreensões foram construídas. Conhecer o que está posto e adentrar no
campo do não posto. Assim, o estudo inicia por uma pergunta: como se dão os processos que
decorrem da experiência de padecimento e cuidado em saúde mental destas comunidades
ribeirinhas? Reconhecer e permitir a mediação entre os saberes técnicos, populares e
tradicionais nos ajuda na compreensão dos itinerários terapêuticos percorridos por uma
determinada população. A etnografia que nos convocou a uma imersão no campo da pesquisa,
a vivenciar o campo e estar junto aos sujeitos da pesquisa, estabelecer uma relação com os
sujeitos para que possibilitássemos o protagonismo destes no processo. Como resultados desse
estudo identificamos que os modelos de padecimento e as práticas de autocuidado em saúde
mental da comunidade riberinha foram construídos a partir de experiências pessoais e de grupo
que foram passados de geração em geração de famílias de origens quilombolas e indigenas,
além das praticas biomedicas. Os efeitos de encantamentos também estão presentes e as
narrativas são atravessadas pelo saber da instituição psiquiatria, havendo uma dupla
possibilidade de explicar o padecimento localizado entre a loucura e misticismo, além de uma
altiva influência das religiões neopentecostais nas narrativas de padecimento e autocuidado.
Seria uma narrativa que se repete e se reconta sobre a colonização da história de vida das
comunidades tradicionais deste território? Propomos com isto uma reflexão sobre a
interveniência sobre os modelos explicativos ribeirinhos efetivada tanto pelo modelo biomédico
hegemônico quanto por práticas religiosas cristãs neopentecostais. |
pt_BR |
dc.publisher.country |
Brasil |
pt_BR |
dc.publisher.department |
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas |
pt_BR |
dc.publisher.program |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA |
pt_BR |
dc.publisher.initials |
UFPA |
pt_BR |
dc.subject.cnpq |
Psicologia |
pt_BR |
dc.title |
“Eu rezo e tomo meus banhos de ervas”: narrativas ribeirinhas de padecimento e cuidado em saúde mental na Ilha do Combu - Belém / Pará. |
pt_BR |
dc.date.issued |
2024 |
|
dc.description.abstract |
This doctoral thesis in psychology is based on the interest in understanding the interaction
processes involved in the experiences of illness and care in mental health, in riverside
communities on Combu Island, located in the city of Belém do Pará, which build the repertoire
of narratives of the explanatory models of illness and care. When the illness is seen only from
the biological side, when there is no recognition of the meanings in a broad way for the users
and their family members, there is an interference in the recognition of problems that can be
disturbing, but potentially treatable in the user's way of life. Illness is polysemic, experiences
are varied and therefore it is worth examining each of the senses, both from a clinical and
anthropological perspective. Thus, the interpretation of what illness is can also contribute to
more effective care work within a territorial logic. In accordance with the assumptions of
medical anthropology, it was decided to use the term “illness”, as we refer to the popular
understanding and experience of illness and/or suffering, as indicated by the definition of
illness. Another concept that we will also use throughout the work is that of explanatory models,
understood by the ways in which a health/illness/care process is scientifically and popularly
understood, including forms of prevention, treatment, control, relief or cure of a certain
condition. The work gives visibility to the ways of understanding, explaining and caring for
issues related to mental health in this community, and through the narratives of the community
itself and participant observation, it seeks to understand how these understandings were
constructed. Knowing what is in place and entering the field of what is not in place. Thus, the
study begins with a question: how do the processes that result from the experience of illness
and mental health care occur in these riverside communities? Recognizing and allowing
mediation between technical, popular and traditional knowledge helps us understand the
therapeutic itineraries followed by a certain population. Ethnography called us to immerse
ourselves in the field of research, to experience the field and be with the research subjects,
establishing a relationship with the subjects so that we could enable them to play a leading role
in the process. As a result of this study, we identified that suffering models and self-care
practices in mental health in the riverside community were constructed from personal and group
experiences that were passed down from generation to generation of families of quilombola and
indigenous origins, in addition to biomedical practices. The effects of enchantments are also
present and the narratives are permeated by the knowledge of the psychiatric institution, with a
double possibility of explaining the illness located between madness and mysticism, in addition
to a lofty influence of neo-Pentecostal religions in the narratives of illness and self-care. Would
it be a narrative that is repeated and retold about the colonization of the life history of the
traditional communities of this territory? With this, we propose a reflection on the intervention
in riverside explanatory models carried out both by the hegemonic biomedical model and by
neo-Pentecostal Christian religious practices. |
pt_BR |
dc.identifier.uri |
http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/42292 |
|
dc.date.accessioned |
2025-06-27T13:23:40Z |
|
dc.date.available |
2025-06-27 |
|
dc.date.available |
2025-06-27T13:23:40Z |
|
dc.type |
Tese |
pt_BR |
dc.subject |
Saberes tradicionais |
pt_BR |
dc.subject |
Ribeirinhos - Pará |
pt_BR |
dc.subject |
Narrativas ribeirinhas |
pt_BR |
dc.subject |
Saúde mental |
pt_BR |
dc.subject |
Etnografia |
pt_BR |
dc.subject |
Pesquisa etnográfica |
pt_BR |
dc.subject |
Padecimento |
pt_BR |
dc.subject |
Cuidado em saúde mental |
pt_BR |
dc.subject |
Povos tradicionais ribeirinhos |
pt_BR |
dc.subject |
Quilombolas - Ilha do Combu - Belém-PA |
pt_BR |
dc.subject |
Ilha do Combu - Belém-PA |
pt_BR |
dc.subject |
Indígenas ribeirinhos - Ilha do Combu - Belém-PA |
pt_BR |
dc.subject |
Quilombolas ribeirinhos - ILha do Combu - Belém-PA |
pt_BR |
dc.subject |
Comunidades tradicionais |
pt_BR |
dc.subject |
Autocuidado e saberes tradicionais |
pt_BR |
dc.subject |
Mulheres ribeirinhas |
pt_BR |
dc.subject |
Traditional knowledge |
pt_BR |
dc.subject |
Riverside peoples - Pará |
pt_BR |
dc.subject |
Riverside narratives |
pt_BR |
dc.subject |
Mental health |
pt_BR |
dc.subject |
Ethnography |
pt_BR |
dc.subject |
Ethnographic research |
pt_BR |
dc.subject |
Suffering |
pt_BR |
dc.subject |
Mental health care |
pt_BR |
dc.subject |
Traditional riverside peoples |
pt_BR |
dc.subject |
Quilombolas - Combu Island - Belém-PA |
pt_BR |
dc.subject |
Combu Island - Belém-PA |
pt_BR |
dc.subject |
Riverside indigenous peoples - Combu Island - Belém-PA |
pt_BR |
dc.subject |
Riverside quilombolas - Combu Island - Belém-PA |
pt_BR |
dc.subject |
Traditional communities |
pt_BR |
dc.subject |
Self-care and traditional knowledge |
pt_BR |
dc.subject |
Riverside women |
pt_BR |
dc.rights |
Acesso Aberto |
pt_BR |
dc.creator |
SANTOS, Cinthia de Castro. |
|
dc.publisher |
Universidade Federal do Pará |
pt_BR |
dc.language |
por |
pt_BR |
dc.description.sponsorship |
Capes |
pt_BR |
dc.relation |
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17164 |
|
dc.identifier.citation |
SANTOS, Cinthia de Castro. “Eu rezo e tomo meus banhos de ervas”: narrativas ribeirinhas de padecimento e cuidado em saúde mental na Ilha do Combu - Belém / Pará. 2024. 114f. Tese (Doutorado em Psicologia) - Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Pará, Belém - PA - Brasil, 2024. |
pt_BR |